A Polícia Militar de Paraíso das Águas foi acionada no último domingo (8) a atender uma ocorrência, numa propriedade rural, distante cerca de 40 km, na região do distrito de Bela Alvorada, onde trabalhadores viviam em condições análogas à escravidão.
A denúncia partiu de um homem de 35, que juntamente com demais trabalhadores braçais, teriam sido contratados para trabalhar em uma propriedade rural, na limpeza de pastos, e extração de tocos e raízes. O contratante seria um empreiteiro de Camapuã (MS).
Fora prometido aos trabalhadores, que eles receberiam o valor de R$ 100 a diária, alojamento e refeições.
Conforme o Boletim de Ocorrência (BO), ao chegarem no local, entre os dias 16 e 17 de julho, os trabalhadores foram acomodados em um local inapropriado, um barraco coberto de lona, sem nenhuma condições mínimas de saneamento e sem acesso à água.
O único acesso à água – ainda não potável, seria por meio de um pequeno córrego, onde os mesmos trabalhadores relataram que já removeram carcaças de animais mortos do local.
As vítimas relaram ainda, que passam fome. Segundo eles, há cerca de cinco dias, estavam recebendo como alimentação somente arroz branco no almoço e jantar e somente ovos mexidos no café da manhã.
Para formalizar a denúncia, a vítima percorreu cerca de 8 km a pé até ao distrito de Bela Alvorada, onde conseguiu contatar a Polícia Militar.
O caso foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil que dará prosseguimento às investigações.
BNC