Os políticos precisam avaliar o humor do eleitor

ECOS POSITIVOS: A coluna anterior elogiada. Políticos antigos – lembrados. Caso do ex-governador Cassio Leite de Barros, de tradicional família, irmão do poeta Manoel de Barros e Abílio Leite de Barros. Nos últimos 7 meses do Mato Grosso uno, governou com o equilíbrio num cenário nervoso; saiu de cabeça erguida e voltou a rotina discreta. Imune a mosca azul.

MARKETING: Importante nas eleições. À propósito, nunca é tarde para lembrar dos equívocos na campanha do ex-juiz Odilon em 2018 quanto a sua postura gestual frente às câmeras. Faltou-lhe orientação adequada de profissionais da área, além de aulas de fonoaudiologia para melhorar a sua expressão e a dicção. Política e amadorismo não combinam.

GUILHOTINA: Vendo um documentário sobre o luxo dos governantes africanos e as condições do seu povo lembrei dos nossos prédios públicos e da opulência dos poderes. Seria necessário tanto luxo assim? O pior é que essa afronta não acaba nunca, pois tem a proteção de leis viciadas. Nestas horas eu lembro da Revolução Francesa. ‘Não sei por quê…’

MANIA: A adoção ao luxo se espalhou também pelas cidades do interior. Um festival de gastos. Há câmaras municipais mais suntuosas que a Câmara Alta do Parlamento do Reino Unido. São os excessos nas instalações, da parafernália eletrônica e o mobiliário personalizado (inclusive talheres), mas que nada acrescentam ao desempenho das suas ‘excelências’ engravatadas.

SENSATEZ: Se você analisar por esse ângulo, o ex-governador Pedrossian agiu com praticidade e prudência na escolha do estílo dos prédios do Poder Executivo no Parque dos Poderes. O prédio da Governadoria, por exemplo, é desprovido de luxo, mas atende as necessidades, mesmo decorridos tantos anos de sua construção. Concorda?

DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): À frente do poder e vigilante às demandas sociais do Estado. José Teixeira (DEM): atento aos projetos rodoviários em regiões rurais produtoras; pediu investimentos em várias áreas para Batayporã e Itaporã. Lucas de Lima (Sol): ativo nas sessões; além de lives, tem ações solidárias nas feiras livres arrecadando alimentos/roupas aos mais carentes. Marçal Filho (PSDB): Destaca a campanha de prevenção à violência contra a mulher; encaminhando suas emendas em várias áreas. Mara Caseiro (PSDB): pede recuperação asfáltica entre Anastácio-Terenos; espaço multicultural em Rio Verde de MT; novo prédio do quartel da PM. de Chapadão do Sul; várias demandas para Caracol.

OBSERVAÇÃO de um amigo sobre a sucessão de 2022. Seria a primeira vez do ex-governador Puccinelli (MDB) candidato sem as benesses da maquina oficial. Além desta falta de proteção, outros fatores notórios podem pesar. Convenhamos – não se toca uma campanha deste porte só com grana do ‘fundão’. Uai… e os candidatos a deputado exigem ajuda.

FATORES: Vereador é excelente cabo eleitoral, mas sem fidelidade partidária. Sem ‘incentivo$’ faz corpo mole. Ex-prefeito é outro cabo eleitoral, mas com cacife menor. Difícil acompanhar a evolução dos fatos. Exemplo: O eleitor que votará pela1a. vez em 2022, só tinha 8 anos de idade em 2014, quando Reinaldo foi eleito pela primeira vez. Eleitor sem vínculo, sem tradição.

SENADO: Em 2018 a eleição foi apertada: Nelsinho Trad (PTB) 18,37%; Soraya Thronicke 16,19%; Waldemir Moka (MDB) 15,48% e Marcelo Miglioli (PSDB) 15,07%. Cenário diferente em relação a moleza de 2014 quando Simone Tebet (MDB) ( apoiada por Puccinelli) venceu com 52,61% contra 23,09% de Ricardo Ayache (PT) e 16,78% de Alcides Bernal (PP).

IMAGEM: Pesa! Em 1990 Pedro Pedrossian iniciou a campanha ao Governo em Três Lagoas. O ex-deputado Valdomiro Gonçalves abriu o comício dizendo: “Estamos aqui de volta dr. Pedro, de cabelos brancos…”. Grande mancada! Valdomiro esquecera que Pedrossian (aos 62 anos) já tingia os cabelos de preto exatamente para aparentar mais jovem.

DEPUTADOS EM AÇÃO: Antônio Vaz (Rep): Destinou R$60 mil para a saúde de Bataguassu; Cr$40 mil à Aral Moreira; aprovado seu projeto de conscientização da epilepsia. Amarildo Cruz (PT): foi a entrega da emenda de R$50 mil à Glória de Dourados para aquisição de ambulância; recebeu a visita do prefeito de Miranda para tratar de questões indígenas. Lídio Lopes ( Patri): destinou R$690 mil em emendas para a saúde de 7 cidades do Cone Sul; priorizou com sua lei a vacinação dos religiosos. José C. Barbosa (DEM); Dnit atende seu pedido e vai melhorar a BR-463; exalta o programa de recuperação econômica de MS. João H. Catan (PL): presente a audiência pública na Câmara Municipal da capital relatando suas ações em prol da causa animal.

É COVARDIA! Cultural! Na cabeça tupiniquim só vale se vencer. É como se o pódio definisse quem é quem. Os pedidos de desculpas dos nossos atletas sensibilizam. Ora! Há de se levar em conta diferença com a concorrência. Não vamos medir os atletas apenas pela medalha. Há gente valorosa, além do pódio, que merece aplausos e respeito. Heróis sem medalhas!

‘CUSTO & BENEFÍCIO’: Fabio Trad (PDS) é o deputado de MS que menos gastou (R$16.888,28) da cota disponível neste 1º semestre. Líder em proposições (174), figura no quinteto dos deputados que menos usaram desta verba. Ao seu estilo, Fabio pondera: “ É possível dinamizar o mandato com economia e racionalidade nas despesas.”

CONVÉM SABER: 2022 com o ensino médio renovado: a redução da carga horária do currículo obrigatório. O aluno poderá escolher o restante da grade obrigatória em outros horários pela sua área de interesse e condições da escola. Duas críticas: nem todas as escolas tem estrutura para atender as demandas e os alunos não estariam prontos para definir o curso ou profissão.

SEM FIM? CPI da Covid, o Fundo Eleitoral, Bolsonaro versus STF, o poder do ‘Centrão’ e o voto impresso são as polêmicas na mídia em ano véspera de eleições. Esse confronto de ações e ideias está deixando o brasileiro confuso e indignado. Pelo visto esse 2º semestre será ainda mais complicado sob todos os aspectos. Portanto, apertem os cintos!

AÇÕES & DEPUTADOS: Evander Vendramini (PP): comemora projeto do Governo em construir estrada com duas pontes de Porto Esperança. Gerson Claro (PP): presidiu reunião da CCJR na apreciação de vários propostas. Neno Razuk (PTB): comemora as ações do Governo Estadual na reconstrução da rua Coronel Ponciano, em Dourados. Pedro Kemp (PT): pediu o fim da gestão terceirizada do Hospital Regional de P. Porã. Capitão Contar (PSL): apoiou atos públicos pelo voto impresso; pede informações sobre contrato de programas sociais do Governo junto ao B. do Brasil; pede inclusão da escola especial nos concursos do magistério.

CONSELHO: Os pretensos candidatos em 2022 precisam avaliar bem o humor do eleitor nestes tempos bicudos. Intoxicado, desiludido com tantos escândalos a sua volta, ele não anda acreditando em contos de ficção, em falsos heróis de bons propósitos. O cenário, na verdade, não anda nada animador. O eleitor pode ter chegado no limite!

DESAFIO: Para os futuros postulantes aos cargos majoritários não será fácil buscar novos nomes e com potencial nas eleições estaduais de 2022. O pessoal da iniciativa privada anda cético, luta para sobreviver e sem reserva financeira para gastar. Restariam os profissionais liberais, com muito mais vaidade do que estrutura para investir na política.

‘APAGÃO’: São Paulo, a locomotiva do país sem representantes à altura de seu poder. Quem já teve Franco Montoro, Mario Covas, Michel Temer, Paulo Maluf, Ulysses Guimarães, Alckmin e outros, hoje está nas mãos de políticos sem expressão. João Dória manda apenas no seu PSDB, não tem capilaridade, não encanta o eleitorado.

DELÍRIOS: A grande mídia até que se esforça dando espaço, mas as possibilidades de êxito da 3ª. via vão se esvaindo semana por semana. Não sei por exemplo até onde o ex-ministro Luiz H. Mandetta (DEM) perseguirá seu sonho. Parece-nos que o seu discurso peca pela mesmice – ao mesmo tempo em que perde espaços no cenário local. As pesquisas dizem isso.

“Em política nada se perde e nada se transforma – tudo se corrompe.” ( Millor Fernandes)