Tornou-se comum, durante as campanhas eleitorais, soluções serem apresentadas para resolver todos os problemas como num passe de mágica. Na prática, a realidade é totalmente diferente. Há uma série de promessas descumpridas e, para piorar, ações que acabam sendo o oposto das ilusões que foram vendidas com objetivo de conquistar votos.
Neste primeiro ano de mandato, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), demonstrou não ter condições de cumprir grande parte do que foi propagado aos eleitores sul-mato-grossenses.
A maior contradição ocorre em relação ao aumento da carga tributária.
Na campanha, ele garantiu que iria reduzir impostos. Descumpriu a promessa e aumentou tributos. Somente o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) teve alta de até 50%. Também subiu o imposto sobre produtos supérfluos e o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). O aumento ocorre sob justificativa de equilibrar as contas, contrassenso diante do superavit de R$ 48,5 milhões festejado pelo Governo no balanço orçamentário de novembro.
A alíquota do ICMS do diesel foi reduzida de 17% para 12%, como forma de garantir mais competitividade a Mato Grosso do Sul em comparação com os estados vizinhos. Entretanto, o Governo já anunciou que irá revogar tal medida, alegando queda no consumo. Ou seja, a promessa foi cumprida, mas durou pouco tempo.
A gestão estadual não mensura, porém, que a crise derrubou as vendas de gasolina e diesel pela primeira vez em dez anos, algo que repete o cenário nacional. Também ocorreram reajustes e aumento da pauta fiscal que impactaram nos preços.
Correio do Estado