Falta milho no Brasil: Onde paga mais?
O volume de milho do Brasil comprometido para exportação está em 59 por cento menor em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, esses números se mostram “expressivamente mais baixos” na comparação entre as temporadas do cereal brasileiro.
“Além do atraso da colheita por conta do plantio iniciado depois do normal, a quebra de safra é um dos principais motivos. Após a forte seca em áreas do Centro-Sul e em partes do Centro-Oeste, as geadas contribuíram para novas perdas dos produtores dos estados do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, ressaltam os analistas de mercado.
A expectativa da AgResource é de uma exportação em torno de 26 milhões de toneladas. No entanto, destacam os especialistas, “já adiantamos que esse número deve cair ainda mais”.
Já na avaliação da equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, essa “difícil mensuração de quebra da safra torna o mercado ainda mais volátil e a única certeza que se tem, e que guia o movimento de traders, é de que o mercado deve apresentar menores volumes”.
FUTUROS DA BOLSA X MERCADO FÍSICO
O movimento da bolsa de mercadorias, de acordo com os especialistas da Consultoria TF Agroeconômica, “contraria o mercado físico, onde compradores, cada vez mais ávidos e aceitando as quebras, fecham em preços próximos a R$ 100,00 a saca”. O mercado futuro do milho na Bolsa B3 apresentou nesta terça-feira, 13 de Julho, mais um dia de baixas, com tomadas de lucro por parte de especuladores, fazendo com que o mercado futuro se descole do mercado físico.
Agrolink –Leonardo Gottems