A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acaba de divulgar, os números do 10º levantamento da Safra de Grãos. O destaque é a safrinha de milho que será menor do que o esperado. A colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior.
O plantio tardio trouxe impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período. O clima adverso, com seca e geadas em algumas regiões produtoras, influenciou de maneira negativa na produtividade. Com isso o milho 2ª safra deve alcançar 4.502 quilos colhidos por hectare na atual safra , queda de 17,5% em relação à 2019/2020.
Já a área plantada do cereal no período registra aumento de aproximadamente 8,1%, chegando a 14,88 milhões de hectares. Mesmo com os problemas enfrentados, a estimativa de produção total do cereal é superior a 93 milhões de toneladas, uma vez que na 1ª safra a colheita ficou em torno de 24,9 milhões de toneladas e para a 3ª é esperada uma produção de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas.
A soja, por sua vez, tem um acréscimo na produção estimado em 11,1 milhões de toneladas para esta safra. Com a colheita encerrada, a oleaginosa atinge um novo recorde de 135,9 milhões de toneladas colhidas, mantendo o Brasil como maior produtor da cultura no mundo.
No caso do arroz a produção estimada está em 11,8 milhões de toneladas, aumento de 5,2% frente ao volume produzido na safra anterior. Deste total, cerca de 92% do produto provêm de cultivos irrigados, enquanto que os 8% restantes têm origem em plantios de sequeiro. Já o feijão, a colheita total deve se manter próxima a 3 milhões de toneladas