Dentro do período mais frio do ano, o número de infartos pode aumentar em 30%, segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). O fato se dá por diversos fatores, entre eles a própria queda de temperatura e a falta de atividade física.
Se a pessoa já possui um processo de obstrução em desenvolvimento, restringindo a passagem de sangue pelo vaso coronariano, durante o inverno essa condição pode piorar. A contração das artérias, devido ao frio, reduz o fluxo sanguíneo e provoca um desequilíbrio adicional entre a oferta e a demanda de oxigênio levado ao músculo do coração.
Segundo o médico Dr. Maurício Venâncio Sperandio, especialista em Medicina Interna e Cardiologia, outro motivo para esse aumento no número de infarto tem relação com a redução das atividades físicas durante os dias frios.
Cuidados
“O exercício físico promove exatamente o contrário ao resfriamento do corpo: o esforço desencadeia dilatação imediata e, posteriormente, duradoura dos vasos sanguíneos, favorecendo o bom fluxo por todos os órgãos, inclusive pelo coração”, explica o cardiologista.
Uma terceira condição que pode estar diretamente relacionada a esse número é a alimentação. Na luta entre gastar energia para manter uma temperatura adequada, o organismo pede por mais comida e, instintivamente, o ser humano procura comer alimentos mais calóricos e ricos em gordura, por serem fontes mais robustas de energia.
“A má alimentação tem íntima relação com o processo de formação e deterioração das placas de gordura que entopem nossas artérias e conduzem ao infarto”, esclarece Dr. Maurício.
Prevenção
Mas de que forma isso pode ser evitado? Além de permanecer realizando as atividades físicas que mais lhe agradam em dias frios, também é aconselhado a ida ao médico para uma avaliação de saúde periódica.
“Cultivando a saúde e controlando doenças hoje, nós colhemos prevenção de complicações no amanhã”, destaca. Outras maneiras de prevenir o ataque cardíaco é manter uma alimentação balanceada, o controle emocional e também a supervisão de possíveis doenças subjacentes, como hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto.
*Midiamax, João Ramos