MS começa a sair de colapso e julho deve ser de queda de casos confirmadas

Após 44 dias com mais de mil casos positivos de Covid-19 ocupando um leito hospitalar, Mato Grosso do Sul conseguiu reduzir esse número e diminuir a pressão sobre o sistema de saúde, tanto público quanto privado. Ontem, 930 pessoas estavam internadas com a doença.

A última vez que o Estado havia registrado número inferior a mil foi no dia 11 de maio, quando 982 ocupavam uma vaga. Com isso, a perspectiva é de que julho seja um mês de queda nos números da pandemia.

Porém, ela poderia ser maior caso mais cidades tivessem aderido ao decreto com restrições imposto pelo governo do Estado, que teve início no dia 13 e durou até o dia 25 deste mês.

Um exemplo disso pode ser observado na quantidade de pessoas que esperavam por um leito ontem em Mato Grosso do Sul. Das três centrais de regulação para o Sistema Único de Saúde (SUS), apenas na de Campo Grande havia espera.

De acordo com o governo do Estado, tanto na Central de Regulação de Dourados como na Central de Regulação do Estado (Core) não havia pessoas aguardando leitos. Já na da Capital eram 50 na espera.

“Medidas restritivas [foram as responsáveis pela queda]. A vacinação não é diferente entre Campo Grande e Dourados. [A queda] poderia ser melhor, mas a Capital mantém uma queda mais lenta. Infelizmente vai cair devagar, poderia ser melhor com a ajuda da Capital. Negar a ciência não é o melhor caminho para o combate à pandemia”, alertou o pesquisador.

Ele ainda lembrou que Campo Grande foi uma das cidades que não aderiu ao decreto estadual. Além da Capital, outras nove também furaram a determinação.

Segundo Croda, apesar de a vacinação ser importante para conter a doença, como nenhuma cidade chegou em índice acima de 50% de pessoas imunizadas, ainda não é possível dizer que a vacinação tem influenciado na queda.

“Falta D2, a vacina é importante, mas para uma mudança tão rápida teria que ter maior cobertura vacinal. É só comparar Dourados e Campo Grande, com cobertura e público semelhantes”, explicou.

A ocupação da macrorregião de saúde de Campo Grande, onde há mais 33 municípios, está em 97%. A de Corumbá (cidade onde também não houve restrições) está em 100%. Três Lagoas tem uma situação melhor, com 94%, mas a única abaixo de 90% é Dourados, com 89%.

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BOA NOTÍCIA

Mesmo com uma redução mais lenta, a queda atual de casos e principalmente de internações contribui para uma despressurização do sistema de saúde, que durante boa parte de junho trabalhou em colapso, com pacientes sendo encaminhados para outros estados para receberem atendimento adequado.

Julho deverá começar já com essa queda, e outro fator que deve contribuir, e muito, para que o mês seja de reduções é a vacinação em massa em 13 cidades de Mato Grosso do Sul que estão na linha de fronteira com o Paraguai e com a Bolívia.

Para isso, um carregamento com 150 mil doses da Janssen, imunizante de dose única, será encaminhado pelo Ministério da Saúde para um estudo. A estimativa é de que em duas semanas após o início da vacinação todos os moradores acima de 18 anos das cidades participantes do estudo estejam vacinados.

BOLETIM DESTA SEGUNDA FEIRA

 

 

*Correio do Estado