Técnicos da SEMAD de Costa Rica e vereadora fazem visita técnica à produtor rural que planta limão Taiti e mandioca
Com objetivo de despertar os produtores da agricultura familiar quanto à necessidade de incrementar a produção de fruticultura e olericultura no município de Costa Rica, através do Projeto AgroRica, a SEMAD (Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento) vem realizando uma série de ações. Na última quinta-feira (10), a secretária da pasta, Suelen Guimaraes Furquim, acompanhada pelos subsecretários Roberto Paes Barbosa e Fernando Barbosa Martins, e da Vereadora Rosangela Marçal Paes, fizeram visita técnica à Fazenda São Sebastião.
O dono da propriedade, Leobino Padial Mansilha, realiza o plantio de 12 hectares de mandioca de mesa e já adquiriu 4 mil mudas de limão Taiti, a serem plantados em 25 hectares na propriedade.
Conforme a secretária, o Município está licitando mais 10 mil mudas de limão Taiti através do Projeto AgroRica para atender aos produtores rurais cadastrados no projeto. A previsão é de que os atendimentos iniciem em 60 dias.
Desde o início de sua gestão, o prefeito Cleverson Alves dos Santos e o vice, Roni Cota vem incentivando e orientando quanto a importância em priorizar a agricultura familiar no município. Com a ajuda da SEMAD, muitos produtores estão recebendo incentivo para continuar desenvolvendo esse setor na região.
De acordo com o prefeito, o objetivo é fomentar o desenvolvimento da agricultura familiar via projeto AgroRica no município, pois contribui para o crescimento da cidade e ajuda a fortalecer a economia local.
“Isto é somente uma síntese do que queremos. Estamos trabalhando muito e estas conquistas se tornam possíveis graças a efetiva participação dos vereadores, que não têm medido esforços em aprovar os projetos enviados pelo poder Executivo que beneficiam a nossa população”, declarou o prefeito.
Para que a agricultura continue se desenvolvendo o município vem oferecendo assistência técnica para pequenos produtores, reforçando o atendimento do SIM-COINTA (Sistema de Inspeção Municipal do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari) para a manutenção da comercialização de produtos, além de orientar a prática de técnicas de cultivo, entre outros.
MANDIOCA DE MESA
Eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o alimento do século 21, a mandioca é considerada uma das culturas mais antigas do Brasil, encontrada em terras brasileiras antes da chegada dos colonizadores. É um cultivar cujo investimento traz muitas vantagens. Além de ser uma planta que se propaga facilmente, que tem tolerância a períodos longos de estiagem e resistência a pragas e doenças, garante ao produtor uma boa lucratividade.
Conforme levantamento realizado pelo SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Mato Grosso do Sul é o 13º produtor nacional de mandioca, porém, está em segundo lugar no ranking de produtividade, possuindo 35 mil hectares plantados. O consumo per capita anual no Estado é de 23 kg, 124% maior que a média nacional que é de 10 kg.
A mesma pesquisa aponta que Campo Grande é o maior consumidor de mandioca de mesa do país, com média anual per capita de 15 kg. Porém, segundo dados atuais, 25% da mandioca de mesa consumidos na Capital vem de outros estados.
Esse foi um dos motivos que levaram a SEMAD a propor a criação de um projeto visando desenvolver o cultivo de mandioca de mesa, conforme destaca o engenheiro agrônomo Fernando Barbosa Martins. “Existe um amplo espaço para produção de mandioca no Município, um produto cuja rentabilidade é de grande significado para o produtor”, explicou Fernando.
Há variedades de mandioca de mesa que têm como principais características o elevado potencial produtivo, precocidade, polpa de raízes de coloração amarela, reduzido tempo para cozimento, além de resistência à bacteriose e ao super alongamento.
Da mandioca é produzida a farinha e a fécula, também chamada de amido, tapioca ou goma. Ingrediente de várias receitas culinárias, a raiz também serve de alimento para animais. Para bovinos, aves e suínos, é importante que sejam cultivares que apresentem alta produtividade de raízes – fonte de carboidratos –, de matéria seca e de parte aérea, com boa retenção foliar e alto teor de proteína nas folhas.
Seguindo as recomendações e as condições climáticas favoráveis, a produção de raiz de mandioca poderá alcançar de 20 a 25 toneladas por hectare. Utilizando-se os sistemas de cultivo tradicionais, a produtividade fica entre 8 e 12t/ha.
O Brasil é o 4° maior produtor mundial de mandioca (CONAB, 2018), com uma produção de 20,8 milhões de toneladas em 2018, cultivados em 1,4 milhões de hectares.
LIMÃO TAITI
O limão é a 3ª fruta mais exportada pelo Brasil em receita, garantindo US$ 104.617 milhões ao país em 2019.
O limoeiro começa a produzir depois de três anos do início do cultivo, com floração nos meses de setembro e outubro. Em quatro meses, pode ser feita a colheita, que dura 120 dias. Com uma produção anual de 80 toneladas do fruto, pode render para o agricultor em torno de R$ 400 mil por ano. O terceiro ano de produção é considerado comercial, com 30 quilos por árvore.