MS tentar implementar 50 novos leitos de UTI, na tentativa de evitar transferências para outros estados
A secretaria estadual de Saúde (SES) quer implantar em curto espaço de tempo, cerca de uma semana, 50 novos leitos de terapia intensiva (UTI) para o atendimento de pacientes com Covid em Mato Grosso do Sul.
A iniciativa, segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, visa tentar reduzir a superlotação dos hospitais e evitar enviar pacientes em estado grave com a doença para outros estados.
Mato Grosso do Sul tem nesta quinta, 1.286 pacientes hospitalizados, sendo 736 em leitos clínicos e 550 em UTIs. A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid no estado nesta quinta é de 105,4%. Na macrorregião de Campo Grande o índice é ainda mais alto, 106,4%.
O estado tem ainda 260 pessoas com a suspeita de que estão com Covid ou que tem a doença aguardando em unidades de saúde a transferência para leitos clínicos ou de UTI em hospitais.
Com o sistema de saúde em colapso, o estado envia desde a semana passada pacientes em estado grave para outros estados. Foram 9 para Rondônia e 16 para São Paulo, totalizando 25.
Segundo o secretário estadual de Saúde, existe a possibilidade de encaminhar pacientes para o Amazonas e o Espirito Santo voltou a manifestar interesse em ajudar Mato Grosso do Sul.
Resende disse, entretanto, que esse tipo de transferência envolve grande dificuldade de logística e tem custo elevado. Ele lembrou ainda que quando ocorre a morte do paciente, demanda também o translado desse corpo e, que, por isso, o estado vai investir também na ampliação da estrutura interna.
Ele revelou que já busca alternativas com empresas de Mato Grosso do Sul e de fora do estado para a instalação em curto espaço de tempo de 50 novos leitos de UTI, sendo 30 em Campo Grande, possivelmente na Santa Casa, que já disponibilizou espaço e outros 20 em municípios do interior, como Amambai, São Gabriel do Oeste e Maracaju.
Por G1 MS