O avião com o 9º lote da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech está previsto para chegar ao Brasil por volta das 20h desta terça-feira (8) pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, de Campinas (SP). A remessa reúne mais 526,5 mil doses.
A farmacêutica ainda prevê novas entregas nesta quarta (9) e quinta-feira (10), ambas com 936 mil doses, totalizando 2,4 milhões nesta semana.
Até o momento a Pfizer entregou 5,9 milhões das 200 milhões de doses contratadas pelo governo federal. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.
Equipes da Polícia Federal fazem a segurança no desembarque em Campinas (SP) e transporte rodoviário das doses até o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). Veja vídeo abaixo.
As entregas
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Remessas entregues
- 29/04: 1 milhão de doses
- 05/05: 629 mil doses
- 12/05: 628 mil doses
- 19/05: 629 mil doses
- 26/05: 629 mil doses
- 01/06: 936 mil doses
- 02/06: 936 mil doses
- 03/06: 527 mil doses
Armazenamento
No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.
Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.
Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.
Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.
A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.
O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.
Por G1 Campinas e Região