Com mais de 100% de ocupação em leitos de UTI e 278 na fila, MS manda pacientes para outros estados

Mato Grosso do Sul começou a enviar pacientes com Covid-19, em estado grave, para outras unidades da federação. A primeira a receber os sul-mato-grossenses foi Rondônia, que disponibilizou, segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, 10 leitos de terapia intensiva (UTIs).

Secretário estadual de Saúde de MS, Geraldo Resende — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Secretário estadual de Saúde de MS, Geraldo Resende — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O primeiro paciente a ser transferido é de Bonito. Avião do Corpo de Bombeiros pousou nesta manhã no município para fazer a transferência. A previsão é que chegue em Porto Velho, capital de Rondônia, por volta das 15h (de MS).

Segundo o secretário de Saúde, a medida ocorre porque o estado vivencia uma situação dramática no enfrentamento a doença.

Os hospitais estão lotados. O número de internados nesta quarta, 1.307, é um dos mais altos da pandemia e somente diminuiu em relação a terça-feira, que registrou o recorde com 1.331, devido a morte de pacientes.

A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid é de 101,5% e 278 pacientes estão na fila, para uma transferência a um leito clínico ou de terapia intensiva. Somente na macrorregião de Campo Grande são 170 pessoas aguardando a remoção, sendo 144 na capital.

Além de Rondônia, Resende revelou que outros estados já sinalizaram ajuda humanitária a Mato Grosso do Sul neste momento, se prontificando para receber os pacientes em estado grave, como, por exemplo, o Espirito Santo.

O secretário comentou que além das transferências, também ocorre um esforço para aumentar o número de leitos dentro do estado. Em Ponta Porã, ele antecipou que devem ser abertos mais 10 novos leitos de UTI no Hospital Regional, enquanto que em Dourados, entraram em operação nesta quarta, também 10 leitos, no Hospital da UFGD.

Além da superlotação de hospitais, Resende apontou outros números que evidenciam o agravamento da pandemia em Mato Grosso do Sul. Comentou que nesta quarta, com 2.176 casos novos, a média móvel dos últimos 7 dias chegou a 1.895, a mais alta da pandemia. O total de infectados com o novo coronavírus atingiu 294.853.

Com mais 50 mortes, o total de vidas perdidas para a doença durante a pandemia é de 6.917 e a média móvel dos últimos 7 dias subiu para 49,3 óbitos por dia. A taxa de letalidade permanece em 2,3%.

Outro indicador que demonstra a grande circulação do vírus é a taxa de contágio. Em maio chegou a cair para 0,95% depois iniciou uma escalada. Entre terça e está quarta subiu dois centésimos. Atingiu 1,12.

Por G1 MS