MS tem 1º caso suspeito de “fungo negro” que ataca pacientes com Covid
Paciente de 71 anos internado em Campo Grande com covid- 19 apresentou suspeita de contaminação pelo “fungo negro”, infecção oportunista em pacientes da doença. A enfermidade se chama “mucomircose” e ganhou as manchetes nos últimos dias por causa da ocorrência de casos na Índia. É uma complicação grave, pois pode levar os acometidos à necessidade de mutilações e até matar.
Em documento chamado “comunicação de risco”, o Cievs (Centro de Informaçãos em Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul) confirma a notificação do “provável” caso.
No documento divulgado à área técnica, o Cievs alerta para a coleta de material e envio ao Lacen (Labotatório Central de MS) o mais rápido possível. Podem ser usados para a detecção do fungo material como escarro ou secreções colhidas do nariz, por exemplo, e ainda em lesões de pele e mucosas.
Considerada infecção oportunista, a doença é tratava como uma consequência grave que está atingindo vítimas do pandemia. No Brasil, até o ultimo balanço, haviam sido 29 registros.
A infecção pode começar com um problema de pele, mas pode se espalhar para outras partes do corpo.
O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho”, alerta o texto do Cievs obtido pelo Campo Grande News.
Para o tratamento, são necessárias pelo menos 4 semanas de terapia antifúngica intravenosa, além de equipe multidisciplinar por afetar mais de um órgão.
Quem é – O paciente de Campo Grande com suspeita de estar com o fungo negro está internado. É diabético e hipertenso. O doente passou a ter sintomas de covid-19 em 9 de maio e teve o diagnóstico confirmado no dia 18.
Ele havia tomado as duas doses de vacina contra o coronavírus em março e abril. A suspeita se mucormicose surgiu em 28 de maio, no olho esquerdo. Hoje, segundo quadro descrito, está em ventilação mecânica, sem condições para transferência para instituição de maior complexidade.
Por Marta Ferreira e Jhefferson Gamarra – CAMPO GRANDE NEWS