O Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio – foi criado em 1987 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.
O tabagismo é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo mundo. É uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. A OMS aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Cerca de 1,2 milhões são pessoas não fumantes expostas ao fumo passivo. No Brasil estima-se que 428 pessoas morrem por dia em decorrência do consumo de tabaco.
O tabaco é uma planta cujas folhas são utilizadas na confecção de diferentes produtos que tem como princípio ativo a nicotina, que causa dependência. São produtos derivados do tabaco: cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha, cigarrilha, bidi, tabaco para narguilé, rapé, fumo-de-rolo, dispositivos eletrônicos para fumar e outros.
No momento atual o tabagismo tem papel de destaque no agravamento da crise do coronavírus, pois é considerado um fator de risco para as formas mais graves da Covid-19. O tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos e são acometidos com maior frequência de infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonia e tuberculose. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é um fator de risco para o agravamento da Covid-19 devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar. Sendo assim, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.
Fumantes também estão mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona contato constante dos dedos ( e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade de transmissão do vírus para a boca. O uso de produtos que envolvem o compartilhamento de bocais para inalar a fumaça, como narguilé e dispositivos eletrônicos para fumar poderia também facilitar a transmissão do novo coronavírus entre seus usuários e para a comunidade.
Esse momento de pandemia pode ser um estímulo para o cuidado com a saúde, incluindo a cessação do tabagismo. A qualidade de vida melhora muito ao parar de fumar assim como a capacidade pulmonar, deixando a pessoa menos vulnerável à inúmeras doenças, dentre elas, a Covid-19.
Comprometa-se!!! Melhore sua saúde e qualidade de vida e também das pessoas que estão próximas à você.
Quanto mais cedo a pessoa para de fumar menor o risco de adoecer.
Mas, parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, como câncer, enfisema ou derrame.
A cessação pode ser um desafio, especialmente com o estresse social e econômico adicional advindos da pandemia, mas há muitos motivos para parar.
Ao parar de fumar os benefícios à saúde são quase imediatos:
-Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal
-Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue.
-Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza
-Após 12 a 24 horas os pulmões já funcionam melhor.
-Após 2 dias o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar já degusta melhor a comida.
-Após 3 semanas a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
-Após 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade.
-Após 10 anos o risco de sofrer um infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.