Celulares apreendidos dentro de estabelecimentos penais de Mato Grosso do Sul serão doados para estudantes da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande.
De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), são 1.403 celulares, que seriam destruídos, mas agora terão outra destinação.
A doação será através do Projeto Transforme, do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPMS).
O objetivo é auxiliar os estudantes no desenvolvimento das atividades durante o período de aulas remotas, devido à pandemia da Covid-19.
Todos os aparelhos apreendidos serão formatados e higienizados por acadêmicos do curso de Análise de Sistemas da Faculdade Estácio de Sá.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) fará a triagem dos alunos que irão receber os celulares, que serão distribuídos após o processo de formatação.
De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, o projeto é pioneiro no Estado e muito importante, pois muitos alunos não têm acesso às aulas remotas por falta de computador ou celular.
Rotineiramente, os aparelhos apreendidos servem de provas em processos penais e depois são descartados com autorização judicial.
Com o projeto, eles agora poderão colaborar com o desenvolvimento escolar. A expectativa é de que outros 2 mil aparelhos sejam doados para uso dos alunos da Reme nos próximos meses.
Aulas remotas
As aulas na Rede Estadual de Ensino estão desta forma desde março de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Mato Grosso do Sul.
Este ano, as aulas foram retomadas em fevereiro, ainda com todas as atividades feitas de forma remota.
A expectativa de que elas fossem retomadas de forma híbrida no início desde ano letivo, mas o agravamento da pandemia dificultou esse retorno.
A previsão é de que esse retorno híbrido inicie já em julho, após o período de recesso escolar, que deve acontecer entre 2 e 16 de julho na rede municipal.
*Correio do Estado, Glaucea Vaccari