O primeiro trimestre de 2021 representou queda de 8,89% no abate de bovinos em Mato Grosso do Sul. Foram produzidos no Estado 842,2 mil cabeças para abate neste ano, no mesmo período de 2020, foram 924,4 mil.
Os dados são da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), apresentado no Boletim Casa Rural do mês de abril, da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
Em relação ao total de animais produzidos, foram 379,2 mil vacas, o que representou queda de 21,64% em relação ao ano anterior. A participação também foi 21,64% menor, equivalente a 45,03% do total de animais abatidos contra os 52,35% que representou no primeiro trimestre de 2020.
Segundo o relatório, foi registrado valor de R$ 300 na arroba do boi gordo entre 1º e 16 de abril deste ano. Contudo, este preço não foi realidade em todas as praças consultadas.
“O preço encerrou a semana em média R$ 299,38 e a arroba da vaca ao valor de R$ 286,88. Números que representaram valorizações de 1,06% no preço da arroba do boi e alta de 2,46% na arroba da vaca quando comparados ao dia 1º de abril”.
No comparativo com 2020 houve alta de 66,48% no valor da arroba do boi e valorização de 79,30% no preço da arroba da vaca. Os preços estão sustentados pela menor oferta de animais e reagem ao estímulo do consumo proporcionado pela demanda externa.
Exportações
As exportações de carne bovina in natura por MS no primeiro trimestre de 2021 resultaram em faturamento de US$ 165,1 milhões e volume de 36,7 mil toneladas.
Esses números representaram alta de 2,38% em relação ao valor de US$ 161,2 milhões de igual período de 2020 e queda de 2,83% no volume, frente às 37,8 mil toneladas do ano passado.
Os cinco principais destinos da carne bovina in natura sul-mato-grossense são a China, em primeiro lugar, seguida pelo Chile, Hong Kong, Israel e Filipinas.
Esses países responderam por 63,28% da receita e representaram faturamento de US$ 104,4 milhões no primeiro trimestre de 2021.
Mato Grosso do Sul foi responsável por 10,55% da receita brasileira com as exportações de carne bovina in natura e ocupou o quarto lugar no ranking nacional, perdendo apenas para Mato Grosso (22,65%), São Paulo (19,48%) e Goiás (15,28%).
Empregos
São 68.096 pessoas trabalhando na agropecuária em Mato Grosso do Sul, destas 40.476 estão na pecuária.
Três atividades representam 99,6% do pessoal empregado. São elas: criação de bovinos (93,9%), criação de aves (3,1%) e criação de suínos (2,6%).
Correio do Estado, Gabrielle Tavares