Em depoimento, homem diz que teve um “branco” ao atropelar marido de ex e bebê
Após se entregar nesta segunda-feira (19) para a Polícia Civil de Rio Verde do Mato Grosso, Ângelo Maria Feliz, de 51 anos, disse que teve um “branco” no momento em que atropelou o marido da ex-mulher, Wagner da Silva de Assis, de 30 anos. O homem estava foragido desde a última terça-feira (13), quando atropelou Wagner, a ex e a bebê de dois meses.
Se dizendo arrependido, Ângelo não quis informar o local em que se escondeu durante os últimos dias. De acordo com o delegado titular, Gabriel Cardoso, o homem relatou que não havia visto o bebê ou carrinho da criança.
Sobre a dinâmica do crime, Ângelo relatou à polícia que havia voltado a se relacionar com a ex há um mês e não aceitava a presença de Wagner na residência que era dos dois. Ainda conforme a explicação, a mulher teria esquecido o celular em seu carro e ao retornar para tentar entregar o telefone, não a encontrou em casa.
Com isso, teria encontrado os três na rua e, neste momento, diz que “deu um branco”, atropelando Wagner. Em seu depoimento, Ângelo disse que não tinha intenção de atingir a ex-mulher ou a criança.
Devido ao impacto, Wagner não resistiu aos ferimentos e morreu. A bebê está internada em estado grave, enquanto a mulher ficou em estado de choque.
Operação – Em conjunto, as polícias Civil e Militar batizaram a operação de Elishebba, que em hebraico significa “Meu Deus é um juramento”. O termo é uma homenagem à bebê que segue internada em estado grave na UTI pediátrica da Santa Casa de Campo Grande.
Durante todo o tempo, os policiais realizaram buscas em áreas rurais, em que provavelmente se escondia até se apresentar acompanhado de seu advogado.
Ao Campo Grande News, a mulher, Laudicéia Gonçalves Dias, de 36 anos, disse que viveu com Ângelo por 11 anos e teve um filho de 14 anos. Três anos depois de se separarem, ela se casou com Wagner e teve a bebê.
Ainda de acordo com Laudicéia, o autor já havia a ameaçado de morte, dizendo que o motivo seria a casa em que ela e Wagner moravam com os filhos.
Por Aletheya Alve – CAMPO GRANDE NEWS