A semana foi novamente marcada por recordes históricos tanto no Brasil como nos Estados Unidos, destaca a Consultoria AgResource Brasil. “Com um cenário de baixa oferta global, estoques apertados e condições climáticas não muito favoráveis, as cotações nas bolsas registraram máximas histórica ou em anos”, apontam os analistas de mercado.
O contrato futuro de maio 21 do milho na Bolsa de Chicago superou o patamar de US$ 6 por bushel e alcançou a máxima de US$ 6,01 na última quinta-feira (15.04), o maior valor em 8 anos. “O mercado foi sustentado após os mapas climáticos indicarem volumes inexpressivos de chuvas ao longo do norte do cinturão do milho dos Estados Unidos, sobretudo em regiões produtoras nas planícies, entre elas a Dakota do Norte”, relembra a Consultoria.
Aqui no Brasil, os preços do milho para maio na Bolsa B3 superaram nesta semana o patamar de R$ 105 por saca durante o pregão. “Já no indicador Cepea, a cotação fechou acima de R$ 97 por saca. Em ambos os casos, as cotações atingiram os maiores valores da história. O mercado reage ao pessimismo sobre as condições das lavouras do milho safrinha, tanto em Mato Grosso quanto no Paraná”, completam os analistas.
Em termos de fundamentos, a AgResource destaca novidades no Mato Grosso, com o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) reduziu em 3,56% a estimativa de produção da segunda safra de milho, de 36,267 milhões de toneladas para 34,977 milhões de toneladas. A revisão acompanha uma redução também de 3,56% na produtividade, a 102,51 sacas por hectare.
No Paraná , o Deral (Departamento de Economia Rural) também fez ajustes na segunda safra de milho, mas neste caso foi das condições das lavouras, que caíram consideravelmente. “Segundo a entidade, 76% da safra ficou em boa condição, contra 92% na semana anterior. Cerca de 21% da safra tem condição média, ante 7% na semana passada e 3% ruim, contra 1%”, concluem os especialistas.
Agrolink –Leonardo Gottems