Boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (31) traz duas mortes por dengue em Mato Grosso do Sul, que acumula cinco óbitos ao todo neste ano. Tratam-se de uma mulher, de 44 anos, moradora de Três Lagoas, e uma jovem, de 19 anos, que vivia em Caarapó.
A vítima mais velha começou a apresentar sintomas em 5 de março, e faleceu sete dias depois – ela tinha diabetes e hipertensão. Já a mais nova começou a sentir as características da arbovirose em 9 de março, levando seis dias para que sua morte fosse constatada. Ela não tinha nenhum outro problema de saúde.
Outras mortes – Em Corumbá, uma mulher, de 29 anos, morreu em 15 de janeiro pela doença. Conforme boletim, ela possuía doenças auto-imunes. 14 dias depois, em Dourados, um idoso, de 66 anos, também faleceu – ele tinha diabetes e hipertensão. As mesmas comorbidades foram registradas em uma campo-grandense, de 69 anos, vítima em 28 de fevereiro.
Ao longo dos últimos anos, 2020 foi ano com mais notificações de vítimas fatais pela dengue – foram 42.
No documento, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) reforça cuidados que devem ser tomados pela população para evitar disseminação da dengue e outras doenças causadas por meio de transmissão feita pelo mosquito aedes aegypti.
“A principal ação que a população tem que fazer é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa acumular, em qualquer época do ano”.
Ainda conforme boletim, são 6,1 mil casos prováveis de dengue registrados neste ano. É importante ressaltar que muitos desses são avaliados por profissionais de saúde sem a necessidade da realização de exames.
Entre as recomendações médicas apontadas pela pasta estadual, está hidratação adequada, além do “reconhecimento precoce dos sinais de alarme”.
Três Lagoas (649 casos) é município sul-mato-grossense com maior quantidade de notificações a respeito dessa doença neste ano, seguido de Corumbá (349), Rio Brilhante (194), Campo Grande (129) e Ladário (78).
Por Guilherme Correia, Campo Grande News