MS bate recorde de internados com Covid-19 pelo segundo dia seguido
Mato Grosso do Sul registrou nesta quarta-feira (10) o segundo recorde seguido de pacientes internados com Covid-19. Segundo dados da secretaria estadual de Saúde (SES), o estado tem 754 pacientes hospitalizadas com quadro confirmado ou suspeito da doença, sendo que 419 pessoas estão em leitos clínicos e 335 de terapia intensiva (UTI).
Conforme a SES, dos 416 leitos de UTI entre rede pública e privada voltados para atendimento de casos de Covid ou com suspeita da doença, 94,4% estavam ocupados até as 12h desta quarta-feira. Em Campo Grande, esse índice era ainda mais alto, 104%.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse nesta manhã que além da capital, outros quatro, dos principais municípios do estado: Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Naviraí, não têm mais leitos de UTI públicos para atendimento de pacientes com Covid-19.
Resende apontou que está sendo feito um esforço para ampliar o número de leitos de terapia intensiva para o atendimento dos casos graves de Covid. Destacou que antes da pandemia apenas 7 cidades sul-mato-grossenses possuíam leitos de UTI e agora já são 17.
Entre os leitos que deverão ser abertos ou estão em negociação para a implantação o secretário citou: 5 assegurados e mais 10 em negociação no hospital da UFGD, em Dourados; mais 5 aguardando montagem no hospital Santa Rita, também em Dourados; 10 pactuados no hospital Regional em Ponta Porã; em montagem mais 10 no hospital Nossa Senhora Auxiliadora em Três Lagoas; 5 acertados em Aparecida do Taboado e mais 3 em Coxim.
O secretário afirmou que somente abrir leitos de UTI não é suficiente para fazer o enfrentamento da pandemia neste momento e que, por isso, o governo deve publicar ainda nesta quarta-feira um decreto com medidas mais restritivas.
Ele disse que opção foi muito discutida com prefeituras e que o governo não fica satisfeito em ter de implementar essas medidas, entre elas um toque de recolher mais cedo. Entretanto, ressaltou que o quadro atual da pandemia não possibilita afrouxamento nas medidas.
Resende apontou que com um toque de recolher mais cedo vai reduzir a mobilidade social, principalmente de jovens, que têm se contaminado e levado o vírus para dentro de casa, e também o número de acidentes automobilísticos, em que as vítimas, geralmente demandam leitos de terapia intensiva, agravando a situação do sistema de saúde.
Nesta quarta-feira, com mais 1.237 casos novos confirmados, o estado ultrapassou a marca de 190.392 infectados e com mais 25 mortes, chegou a 3.516 vidas perdidas para a doença.
Por G1 MS