Há um ano, o Brasil confirmava o primeiro caso de contaminação pelo coronavírus. O país, até então, acompanhava as notícias sobre o avanço da doença pelo mundo, que teve o primeiro contaminado oficialmente registrado no dia 1º de dezembro de 2019, na China. Então, numa quarta-feira de cinzas, a notícia que iria mudar a vida de todos os brasileiros foi anunciada.
Não demorou muito, mais precisamente 16 dias depois, no dia 14 de março, Mato Grosso do Sul tinha seus dois primeiros casos confirmados de Covid-19. Através do monitoramento dos dois primeiros casos, verificou-se que a primeira paciente contaminada, uma mulher de 23 anos, teve contato com um caso positivo no Rio de Janeiro e o outro, de um homem de 31 anos que havia sido contaminado com um contagiado de São Paulo.
Ainda com poucas informações sobre a doença, o que se sabia era de que se tratava de uma grave infecção respiratória, de rápida transmissão, capaz de levar pacientes do grupo de risco ao óbito.
Assim, seis dias depois, MS confirmou o primeiro caso do coronavírus no interior, uma mulher que havia retornado de uma viagem para a Europa. Neste momento, Campo Grande estava com 8 casos confirmados, todos em isolamento domiciliar.
Em uma primeira tentativa de evitar a disseminação do vírus, diversos serviços foram suspensos, inclusive o transporte coletivo ficou 15 dias parado. Igrejas fecharam as portas, órgãos públicos deixaram de atender e como o Campeonato Sul-Mato-Grossense, foi suspenso, inclusive funerárias recomendavam velórios mais curtos, de 2 horas, para evitar aglomeração nas cerimônias.
Primeira morte
No dia 17 de março, o Brasil anunciava a primeira das mais de 250 mil mortes registradas nesse um ano de doença no país. Foi então, no dia 31 de março, que os sul-mato-grossenses amargaram a primeira confirmação de morte pela doença. Uma mulher de 64 anos, que morava em Batayporã, mas que havia falecido em Dourados. A vítima havia tido contado com um familiar que havia estado na Europa.
De lá para cá, 3.270 pessoas perderam a vida para o vírus em Mato Grosso do Sul. Outras 175,8 mil tiveram a doença, sendo que muitas precisaram ficar internadas, ser intubadas e, algumas, ficaram até com sequelas.
Processo difícil
Desde então, precisamos conviver com uma série de medidas para evitar que o coronavírus se dissemine de forma tão rápida como o uso de máscaras, distanciamento, evitar aglomerações, entre outras.
Em Campo Grande e em vários municípios de MS ainda é adotado o toque de recolher, que restringe a circulação de pessoas a partir de determinado horário.
Os alunos ainda não voltaram ao ritmo normal de estudos. Na rede particular foi adotado o ensino híbrido, em que parte dos alunos vai à escola e o restante acompanha de casa. A partir de abril que a rede estadual de MS irá adotar este modelo. A prefeitura de Campo Grande também terá aulas nesse formato, mas ainda sem data definida.
Trabalhadores de escritórios e outras atividades adotaram o home office e, desde então, seguem com o trabalho em casa.
Esperança
Apesar de ainda lutarmos contra esse vírus que mudou os rumos da história e vai ficar marcado para sempre, já podemos vislumbrar que a situação de pandemia chegue ao fim em breve.
No dia 18 de janeiro, há 38 dias, o primeiro sul-mato-grossense recebeu a 1ª dose da vacina contra a Covid-19. Apesar de ainda estar em ritmo lento no país, cerca de 105,9 mil cidadãos de MS já receberam ao menos uma dose do imunizante.
Para os próximos meses, há esperança de que aumente o ritmo de produção das vacinas e que mais variedade esteja disponível no país. Logo, até março, a expectativa é que serão mais de meio milhão de doses encaminhadas ao estado, o suficiente para imunizar 250 mil pessoas. O Ministério da Saúde prevê que metade da população brasileira, 100 milhões de pessoas, sejam vacinadas até julho.
Midiamax, Gabriel Maymone