MS ainda não registrou casos da variante do coronavírus e adota medidas para agilizar realização de exames
Mato Grosso do Sul segue sem registrar a presença da variante brasileira do coronavírus identificada em Manaus, no Amazonas. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), segue monitorando e realizando controle de qualidade dos exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), referência no Estado, que envia amostras para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. A partir deste mês, amostras também serão encaminhadas para Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais. Atualmente, três casos suspeitos estão em análise no laboratório da Fiocruz.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a SES está atenta quanto a possível chegada da variante. “Nós remetemos as primeiras amostras de casos suspeito à referência nacional. Sabemos que estes laboratórios estão sobrecarregados. É um processo moroso, chamado de sequenciamento genético. Então, é preciso ter paciência porque pode demorar semanas ou meses para um resultado definitivo. Assim, nós não temos a presença da cepa P1 em Mato Grosso do Sul”.
Segundo o diretor do Lacen/MS, Luiz Henrique Ferraz Demarchi, o laboratório de MS realiza semanalmente o controle de qualidade dos resultados. “Nós enviamos 148 amostras para sequenciamento genético no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Destas, recebemos o resultado de 28 amostras cujo os resultados foram negativos para a nova cepa”.
Devido ao congestionamento de exames que aguardam análise em São Paulo e para dar mais agilidade nos processos de monitoramento de possíveis casos no Estado, a SES por meio do Lacen/MS, deve encaminhar a partir deste mês, 43 amostras para a Fundação Ezequiel Dias (Funed). “É uma parceria e as análises das amostras serão feitas pela equipe do pesquisador Luiz Alcântara. Isso vai nos dar mais celeridade nos resultados dos exames de monitoramento. As amostras não são de casos suspeitos e são de monitoramento da região de fronteira do Estado”, explica Luiz Henrique.
O pesquisador Júlio Croda, que auxiliou o Estado neste processo, explica que serão enviadas amostras com alta carga viral para a Funed e ressalta que é preciso estar vigilante quanto ao surgimento da nova cepa. “Nós precisamos ficar atentos, pois essa variante está perto e já se espalhou pelo interior de São Paulo. Então, a única forma da gente saber sobre a presença desta variante é testando”.
Assim, a SES recomenda que a população continue fazendo o uso de máscara, mantenha o distanciamento físico, higienize às mãos com álcool 70% ou em gel. A orientação também vale para aquelas pessoas que já foram imunizadas no Estado.
Rodson Lima, SES