Ampla Visão: Oscar Goldoni: 7 eleições em 16 anos.

MAR DE LAMA: O episódio da prisão do deputado Renato Silveira (PSL-RJ) retrata o país onde as instituições estão desmoralizadas perante a opinião pública. A Câmara Federal e o Supremo Tribunal Federal – desnudados por tudo que lemos e ouvimos se equivalem em credibilidade. Os únicos perdedores somos nós – que subsidiamos a doce vida deles. Se puxar a descarga entope o vaso. Haja água!

BOM ALUNO: Eduardo Riedel aprendeu rápido as lições da política. Seu discurso na Câmara Municipal da capital mostrou segurança em temas oportunos ao evento. Sua saída da Secretaria de Gestão (Segov) para assumir a Secretaria de Infraestrutura é o carimbo que faltava no passaporte para disputar o Governo em 2022. É o cara!

COSTURAS: A reconciliação da deputada Rose Modesto (PSDB) com o Parque dos Poderes faz parte do projeto do PSDB. Neste rol também está acertada nomeação de Sergio Murilo – empreiteiro e presidente do Podemos para a Segov, hoje ocupada por Riedel. A vantagem de estar no poder é ter condições de oferecer espaços para quem vem somar ao projeto eleitoral. É a política meu caro.

BASTIDORES: Muitos projetos ou interesses habitam qualquer cenário em ano que antecede eleições. Aliás, dizem os mineiros que a fase dos conchavos ao sabor do pão de queijo e café, seria o período mais importante de qualquer pleito. Sobre isso o ex-governador Pedro Pedrossian insistia que o exercito precisa ser treinado antes da guerra.

ESCOLA: Câmara Municipal, onde tudo começa. Na capital muitos vereadores já sonham com 2022; alguns deles do PSD, partido do prefeito Marcos Trad. Casos de Tiago Vargas (6.202 votos); Otávio Trad (3.861 votos), Deley Pinheiro ( 3.850 votos), Ademar V. Jr (Coringa) (3.716 votos). Também podem concorrer a deputado estadual Carlos A. Borges (PSB-4.836 votos), Gilmar da Cruz (REP-4.195 votos) e João Cesar Mato Grosso ( PSDB-4.209 votos). São detentores de bom patrimônio eleitoral.

‘CABEÇAS DE VENTO?’: Fazendo as contas: Se é permitido votar aos 16 anos de idade, conclui-se que os nascidos em 2006 já estarão aptos para escolher em 2022 o próximos governantes. Esse raciocínio nos permite questionar o eventual preparo destes eleitores debutantes para analisar o quadro e optar pelos melhores postulantes.

ALIENAÇÃO: Pesquisas tem mostrado que dentre os assuntos expostos na mídia, a política é um tema que desperta pouca atenção dos nossos jovens. Inegável que a pauta da internet está recheada de outros assuntos mais interessantes, de maior conexão com a juventude, que já se manifesta pelo fim da obrigatoriedade do voto.

INFLUENCIAS: Uma delas é o ambiente do lar onde as referências à postura dos governantes na sua maioria negativas. O jovem vai então absorvendo informações que formatarão sua futura opinião. Seria como ouvir constantemente a observação de que certo alimento não é sadio, não faz bem à saúde Daí cria-se a natural rejeição.

INEVITÁVEL a pergunta: como conseguir motivar o eleitor jovem a se interessar pela política e o gerenciamento administrativo público neste ambiente pessimista? Os sinais são desanimadores, levando-se em conta a mesmice da fala e postura dos personagens da política – notórios por priorizar seus interesses pessoais. Aí fica difícil mesmo.

CAPITAL: As mensagens dos venezuelanos em pedaços de papelões pedindo ajuda; o arlequim dos malabares, o jovem manejando facões e os vendedores de balas nos semáforos. Haja grana para tanta arte e situações de dar pena. De um lado há quem combata a esmola, de outro, gente sensível disposta a ajudar. De que lado você fica?

JOHN HORVAT II: “ ( ) O que aconteceu com a nossa vergonha?…A vergonha é produto de uma sociedade que prioriza a alma sobre o corpo. É um mecanismo de defesa contra o vulgar, baixo, pecaminoso. A perda da vergonha hoje surge de uma mudança profunda nos valores. Nosso mundo materialista passa por cima da alma e busca apenas o conforto e os prazeres máximos…”

MAIS…: “ ( ) …A vergonha funciona como um sistema de alerta primitivo…( )representa uma luta entre o certo e o errado…( )…Assim a existência da vergonha é benéfica para a sociedade. Ela não se limita a reflexão individual; ela se estende ao que os outros pensam de nós. Muitos se sentem persuadidos a abandonarem o mau comportamento por temer a vergonha que se abaterá sobre eles, suas comunidades e famílias…”

‘BIG BROTHER’: Nas redes sociais não existe um divisor entre o que é de interesse público e o que é de caráter estritamente íntimo/privado. Há até certo exagero nas postagens; falta senso crítico em situações envolvendo questões pessoais de protagonistas com fotos e vídeos. Situações de caráter pessoal requerem cuidado.

INTENSIDADE: Marcou Oscar Goldoni! Eleito deputado estadual em 1990; prefeito de Ponta Porã em 1992; deputado federal em 1994 renunciou para assumir a Câmara; em 1996 tentou voltar sem sucesso à prefeitura; em 1998 foi eleito deputado federal; em 2002 perdeu na tentativa de reeleição; em 2006 perdeu a eleição para deputado estadual. Vitórias, renúncias e derrotas. Sem sucessor na política.

PASSAGEIROS: Também na política surgem personagens ocupando espaços num determinado contexto, mas nem todos prosperam. Nas placas e galeria de fotos dos ex- deputados no saguão da Assembleia Legislativa, é possível deparar com muitos deles – meros coadjuvantes, que não alçaram a condição de protagonistas decisivos, de peso.

MUDANÇAS: 2021 é o ano do renascimento. As pessoas repensarão seus objetivos pessoais de trabalho, saúde, dinheiro e espirituais; 50% das lojas físicas desaparecerão; poucos shoppings e cinemas sobreviverão; escritórios físicos fecharão; a educação em todos os níveis nunca mais será igual; o Ecommerce continuará crescendo; as viagens a trabalho diminuirão. As previsões são da revista The Economist

POLÊMICA: Nas redes sociais grupos católicos se manifestam contra a Campanha da Fraternidade 2021 com o lema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. Tudo porque as pautas do evento seriam consideradas progressistas demais com abordagens inclusive da questão LGBT. Mais um ingrediente neste ‘caldeirão’ no fogo quente.

DO LEITOR: “Será que o ex-juiz Sergio Moro não tinha na época um bom amigo para pedir conselho se aceitava ou não o convite para ser Ministro da Justiça? Perdeu o poder, a condição de um dos homens mais influentes do planeta e acabou virando vidraça – alvo da vingança de gente que julgou. Ah! Se ele pudesse voltar no tempo”.

ELOGIADO por uns e criticado por outros, Moro corre sério risco de ser usado politicamente por certos grupos. Seu nome nas pesquisas presidenciais tem motivado comentários. Mas será que ele teria mesmo o perfil político? O discurso dele agradaria quais políticos? Moro precisa espantar aquela mosca azul que há tempos o persegue

DO TOSTÃO: “ (-) Temos de olhar e aprender com o passado, mas é necessário separar a nostalgia, a saudade, um delicioso sentimento, do saudosismo de achar que tudo de antes era melhor…” Essa referência sobre o futebol é aplicável às comparações entre o mundo atual e o passado. Ora! O mundo de hoje, pelos os avanços e benefícios, é muito melhor do que antes.

Criticar o governo é tão gostoso que não deveria ser monopólio da oposição. (Milton Campos)
Só porque é de graça a vacina nem começou e já acabou. (na internet)
“O que aconteceu com a nossa vergonha?” (John Horvat II)