Haitiano é preso com 340 litros de álcool sem origem em Chapadão do Sul.

A Polícia Militar de Chapadão do Sul prendeu um haitiano com cerca de nove galões com 300 litros  de álcool combustível sem procedência comprovada na noite de ontem no Parque União, em Chapadão do Sul. A guarnição da PM fazia o policiamento de rotina quando se deparou com um veículo de passeio com a tampa aberta. O cenário chamou a atenção porque há anos que  “Piratas do Asfalto” atacam  trens da Rumo para furtar diesel ou álcool. O homem deu duas versões diferentes para justificar a posse dos 340 litros e acabou preso e entregue na Delegacia de Polícia.

O estrangeiro  garantiu ter comprado  o combustível em Cassilândia por ser mais barato. Estava nervoso e sua história não tinha muita coerência. Já no quartel da 4ª Cia Independente da PM ele elaborou nova justificativa  destacando que prestava serviço em Cassilândia quando chegou um homem numa S-10 azul, cabine dupla oferecendo álcool a R$ 3,00 o litro.

História mal contada sempre acaba enrolando ainda mais autores de crimes. O tal homem da S-10 teria dito que a origem dos 340 litros era lícita e o estrangeiro ingenuamente acreditou. O produto deveria ser levado para Campo Grande cujo endereço não lembra. O haitiano foi preso  por  Receptação (artigo 180 do CP) / Receptação Qualificada, se adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor a venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime (artigo 180 parágrafo § 1 do CP).

O estrangeiro está envolvido num crime de receptação ou furto de combustível em Chapadão do Sul, cidade que vem sendo  palco ao longo dos anos de vários ataques à locomotivas da Rumo para o furto de combustíveis. Em 2015 duas  pessoas foram presas pela Polícia Militar com  cerca 2,2 mil litros de diesel recuperados pelos PMs e entregues na delegacia.  Os ladrões possuem rotas pré-estabelecidas desde o rompimento do lacre do tanque, transporte, armazenamento, compradores e revendedores que formam uma enorme “cadeia” de receptação para a compra e venda de diesel com preços irrisórios no município.

*Chapadense News