Tecnoshow é cancelada pelo segundo ano consecutivo em Rio Verde
A edição de 2021 da Tecnoshow, feira de agronegócio realizada em Rio Verde GO, foi oficialmente cancelada. O anúncio foi feito pelo presidente da Comigo (realizadora do evento), Antônio Chavaglia. Esse é o segundo ano consecutivo em que o evento – considerado o maior do ramo no Centro-Oeste – não acontece em decorrência da pandemia do novo coronavírus. A primeira edição da Tecnoshow aconteceu em 2002.
A edição deste ano estava marcada para acontecer nos dias 12 a 16 de abril, mas, desde a semana passada, representantes da Comigo, expositores e todo o pessoal envolvido na concretização do evento discutiam se fariam ou não a feira. Antônio afirma que a decisão, por mais que difícil, foi unânime.
“A não realização da feira causa grave prejuízos, mas não podemos colocar em risco os nossos colaboradores e nossos visitantes e clientes. Uma vida é mais importante que uma venda. Então, nos reunimos e decidimos não realizar esse evento de uma forma antecipada”, conta.
O presidente da cooperativa lembra que, em 2020, a feira estava com a estrutura toda montada quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia em todo mundo devido à rápida propagação da doença. Em respeito a isso, a feira chegou a ser adiada, mas, com o aumento no número de casos, a alternativa foi o cancelamento.
“Infelizmente, os nosso produtores perdem muito. Já são dois anos sem quaisquer novidade de tecnologia para ajudar na plantação ou colheita. Por mais que tenhamos uma equipe que está visitando e apresentando os produtores, não é a mesma coisa da feira e muitas fazendas não têm como receber essas tecnologias”, ressalta.
A feira tinha a expectativa de receber 120 mil pessoas e que uma nova data está definida: 4 a 8 de abril de 2022. Antônio afirma que nem passa pela cabeça o evento não ser realizado no ano que vem. “A gente tem um ano e dois meses para a nova data. Esperamos que os governantes olhem para nós e pare com essa guerra política. O objetivo é ter vacina para todo mundo. Dois anos já será muito difícil de recuperar os prejuízos, não consigo imaginar se chegar a três edições canceladas”, desabafa.
*Mais Goiás – Joao Paulo Alexandre