Covid-19: Clínicas privadas fecham acordo por 5 milhões de doses de vacinas da Índia, diz Valor
Cinco milhões de doses da vacina Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech contra a Covid-19, serão destinadas às clínicas privadas no Brasil após a conclusão das negociações entre a companhia, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC) e da importadora Precisa Medicamentos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Valor Econômico. O imunizante, cujos testes de fase 3 ainda não foram concluídos, ainda precisaria passar pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As tratativas entre a ABCVAC, que reúne 200 associadas e representa 70% do setor no Brasil, e a Bharat Biotech foram reveladas no início de janeiro e geraram debate sobre a oferta de vacinas pelo setor privado. Uma delegação da entidade chegou a viajar à Índia para avançar no diálogo com o laboratório.
Procurada pelo GLOBO, a assessoria da entidade afirmou que “todas as negociações são desenvolvidas dentro de um ambiente privado e cobertas por Termos de Confidencialidade e todas as estratégias e condições comerciais são discutidas exclusivamente dentro do ambiente legítimo”. A ABCVAC informou, ainda, que “não comentará nenhum documento que esteja fora do ambiente formal das negociações”.
Os detalhes da negociação foram encaminhadas às integrantes da associação no último dia 23 e o prazo final para acertar as importações é a próxima sexta-feira, ainda segundo a reportagem do Valor. Para reservar as vacinas, é preciso pagar 10% do montante do contrato firmado, e o aporte pode ser devolvido caso a fórmula não seja validada pela Anvisa.
O pagamento pelas doses será feito pelas clínicas diretamente à Precisa Medicamentos. O preço de cada unidade irá variar de acordo com o lote encomendado. Além do sinal de 10%, as clínicas deverão pagar 50% do valor do contrato quando a Anvisa liberar o uso e a importação da Covaxin e os demais 60% no momento da entrega do produto.
Cada clínica poderá comprar um mínimo de 2 mil doses. O teto estabelecido, segundo o jornal, será de 400 mil doses. Os valores unitários partem de US$ 32,71 (R$ 176) para as instituições que comprarem acima de 100 mil vacinas. O investimento aumenta gradualmente conforme as aquisições são reduzidas: US$ 34,33 (184,53) entre 50.001 e 100 mil doses, US$ 36 (R$ 193,51) para encomendas de 12.001 a 50 mil, US$ 38 (R$ 204,26) para lotes de 7.201 até 12 mil doses e US$ 40,78 (R$ 219,20) por unidade para as instituições que adquirirem entre 2 mil e 7,2 mil.
Fonte: O Globo