Doenças como antracnose, phomopsis, mancha alvo e bacterioses podem aparecer nas lavouras
A alta pluviosidade no mês de janeiro em Mato Grosso do Sul, aliada à alta nebulosidade e adensamento das plantas, em função do alto vigor vegetativo, estimulam a alta incidência de doenças de final de ciclo, que podem prejudicar substancialmente a produtividade da safra de soja 2020/21. O estado atingir produtividade 53 sc/ha, chegando a produção de 11,591 milhões de toneladas. A área plantada está estimada em 3,645 milhões de hectares, aumento de 7,55% quando comparada com a área da safra 19/20, que foi 3,389 milhões de hectares.
Segundo a Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul – doenças como a antracnose, phomopsis, mancha alvo e bacterioses, tornam-se comuns nesses ambientes, afetando diretamente o rendimento da lavoura.
“Nossos técnicos de campo estiveram rodando todas as lavouras do Mato Grosso do Sul nesses últimos 10 dias e com excesso de chuvas observado no campo, percebemos alta incidência de antracnose, phomopsis, crestamento bacteriano, entre outras doenças fúngicas. Isso pode diminuir bastante a produtividade média se não tomar os devidos cuidados, o produtor precisa estar atento aos protocolos de manejo e não deixar de lado o controle fitossanitário”, destaca o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
Para evitar queda de produtividade a Associação recomenda que os agricultores se mantenham atentos ao clima, e aproveitem ao máximo as oportunidades de se pulverizar os talhões, de acordo com as necessidades e possíveis infestações. E ainda, em conversas com diversas empresas de aviação agrícola, a associação constatou um colapso na agenda de pulverizações aéreas, já que todas as empresas estão com filas de espera.
A Aprosoja/MS reconhece as dificuldades de manejo em períodos chuvosos, que dificultam as aplicações, via terrestre e aérea, por isso, reforça a necessidade de estar atento às janelas de aplicação.
or: Agrolink –Lucas Rivas