Há dois fatores negativos presentes atualmente no mercado mundial da soja, de acordo com a equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica. O primeiro são os “preços e cotações muito elevadas – que podem provocar reversão, como ocorreu com os Fundos e poderá ocorrer com as trituradoras”.
Isso ocorre pelo enorme aumento do custo e encolhimento das margens de esmagamento, considerando que o óleo de soja subiu nesta semana, mas tinha caído na semana anterior e está andando de lado desde outubro, em Chapecó, por exemplo. “Os preços já subiram R$ 17,00/saca desde dezembro, o que já é muito. Em nossa opinião podem subir um pouco mais, mas a alta será limitada pelo início da colheita e pelos altos custos dos compradores”, comenta a TF.
“O segundo fator negativo é a iminência da entrada da safra brasileira. Embora muito atrasada, os compradores (que sempre tem estoques para pelo menos dois meses) sabem que, a partir de fevereiro, poderão contar com a soja brasileira em volumes maiores. Então, a ‘falta de soja’ relatada acima é de curto prazo”, acrescentam os analistas.
De acordo com os especialistas da TF, é possível que os futuros em Chicago possam subir um pouco. A Consultoria aponta como fatores de alta a falta de produto no mercado: “Os estoques de soja nos EUA estão baixíssimos e no Brasil idem. De outro lado, a China continua com seu apetite voraz por matéria-prima”.
“Sim, a soja pode subir, mas não vemos nada muito mais expressivo do que tivemos até agora. Finalmente, cabe-nos mostrar o que realmente interessa: a lucratividade, que está ao redor de 95,55% para o sojicultor do Sul do país. Como sempre dizemos, muita gente perdeu grandes lucros por correr atrás de preço. Não seja um deles”, concluem os analistas da TF.
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