Com reajustes, gás de cozinha pode ser encontrado a quase R$ 100 em Chapadão do Sul

A Petrobras anunciou um novo reajuste no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, no dia 7 de janeiro.

Entre maio de 2020 e este mês, a estatal reajustou 10 vezes o preço do produto comercializado para as distribuidoras.

Em Chapadão do Sul, o produto pode ser encontrado a R$ 99,00 o que pesa muito no orçamento de revendedores e famílias.

A alta afeta tanto o preço do gás de cozinha, que é vendido nas refinarias por R$ 35,98 (o botijão com 13 quilos), quanto o GLP a granel, utilizado por indústrias, comércio, condomínios e academias, entre outros.

REAJUSTES

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do botijão de 13 kg aumentou 7,5% no intervalo de um ano.

O preço médio do gás de cozinha em Chapadão do Sul passou de R$ 72,50 em janeiro do ano passado, para R$ 92 , neste ano.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com os dados da ANP, o preço médio praticado pelas revendas era de R$ 71,40 há um ano – variando entre R$ 57 e R$ 95.

Já em janeiro de 2021, o preço médio praticado em Chapadão do Sul é de R$ 92 indo do mínimo de R$ 85 ao máximo de R$ 99.

O aumento já vem gerando descontentamento entre os revendedores, que terão de aumentar o preço dos botijões, como conta um proprietário de um estabelecimento de revenda de gás que não quis se identificar.

De acordo com a prévia do Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA-15), em 2020, o preço do gás de cozinha subiu 8,3%, enquanto o gás encanado caiu 1,09% e o gás veicular recuou 1,29%. A alta do botijão é quase o dobro da inflação prevista para o período, de 4,23%.

A Petrobras fica com 46% do preço do produto, enquanto distribuição e revenda respondem por 36% e 18% se referem a impostos. Nas refinarias, o aumento chegou a 21,9% no ano passado.

BAIXA DE PREÇOS

Em abril de 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ser necessário “quebrar” o monopólio da Petrobras sobre o refino do petróleo e a distribuição.

“Daqui a dois anos, o botijão vai chegar pela metade do preço na casa do trabalhador brasileiro. Vamos quebrar os monopólios e baixar o preço do gás e do petróleo”, disse o ministro do governo Bolsonaro na época.

Em setembro de 2020, Guedes voltou a dizer que os preços do gás de cozinha cairiam até 30% após a aprovação da Lei do Gás. Segundo ele, a abertura do mercado do gás no Brasil vai baratear o produto ao consumidor final.

“Com a ajuda do ministro Bento [Albuquerque], nós estamos aprovando a Lei do Gás Natural. E aí vai haver um choque de energia barata. Esperamos que o gás caia 20%, 30%, pelo menos”, afirmou Guedes.

Segundo dados da ANP, há cinco anos, o produto era revendido a R$ 47,43.

 

 

*Texto de Rafaela Moreira do Correio do Estado, alterado para os dados de Chapadão do Sul por O Correio News