Ministério da Saúde projeta enviar 1,7 milhão de doses da CoronaVac a MS
Mato Grosso do Sul deve receber 1.781.246 doses da CoronaVac, a vacina para Covid-19 – doença causada pelo coronavírus, conforme projeções do Ministério da Saúde. Isso já seria o suficiente para imunizar 890.623 pessoas do grupo de risco de MS. Porém, ainda não há confirmação da quantidade que deve chegar já na primeira remessa, prevista entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro.
Por sua vez, o Ministério da Saúde afirma que podem ocorrer alterações nas quantidades, pois “o Plano de Vacinação é dinâmico. Por isso podem ocorrer ajustes necessários nas fases de distribuição das vacinas e nas indicações de público-alvo, de acordo os cenários já planejados. Considerando a indicação de uso apresentada pelo fabricante, o quantifico de doses entregues e os públicos prioritários já definidos”, informou em nota.
O Ministério da Saúde informou ao Jornal Midiamax que as doses devem ser distribuídas a MS no prazo de até 5 dias após a liberação para uso emergencial da vacina pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Logística em MS
A previsão da SES (Secretaria Estadual de Saúde) é de que a imunização comece em até 48 horas após a chegada das doses, de forma simultânea em todo o Estado. Para isso, foi montada uma força-tarefa na logística, envolvendo Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, com uso de barcos e até avião para que os imunizantes cheguem de forma rápida e segura a todas as regiões de MS.
A SES garantiu ainda que possui estoque de 2.526.393 agulhas e seringas, que já é o suficiente para a imunização do grupo prioritário. Além disso, está com processo de licitação em andamento para aquisição de mais 5 milhões.
No sábado (8), o Ministério da Saúde emitiu nota oficial informando que havia assinado contrato de exclusividade para compra da CoronaVac do Instituto Butantan. Assim, iria distribuir as doses aos estados de forma proporcional à população de cada região.
Tanto o Governo de Mato Grosso do Sul como prefeitura de Campo Grande haviam protocolado intenção de compra das vacinas junto ao Instituto, mas aguardavam ainda uma devolutiva do laboratório. Com o contrato assinado com o governo federal, a venda não será possível.
O governo federal trabalha com três datas para início da vacinação no país:
- Até 20 de janeiro: melhor hipótese, com o uso das vacinas do Instituto Butantan e as doses da vacina da Astrazeneca importadas da Índia;
- 20 janeiro a 10 de fevereiro: hipótese intermediária, já com vacinas produzidas no Brasil pelo Butantan e pela Fiocruz;
- 10 de fevereiro até início de março: hipóteses de vacinação mais tardia.
Até a manhã desta segunda-feira (11), a Anvisa já havia recebido documentação com pedido de liberação do uso emergencial das vacinas da CoronaVac, produzida pela chinesa SinoVac, e do imunizante de Oxford, produzido pela AstraZeneca.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deverá liberar o uso emergencial da vacina da Astrazeneca antes da Coronavac. Ambas fizeram o pedido oficial de registro nesta sexta-feira (8), mas a farmacêutica inglesa estava já muito à frente da chinesa na apresentação de documentos prévios.
Mas esse não é o único motivo. A Astrazeneca tem pedidos de uso emergencial já aprovados em outros países – Inglaterra e Argentina. A Coronavac tem uso aprovado na China, mas com base nos estudos da fase 2, e não da 3, como a legislação brasileira exige.
A expectativa é de que já na semana que vem o país já tenha a primeira vacina com uso emergencial liberada para utilização.
O problema é que, se for a Astrazeneca, ainda não haverá vacina para ser aplicada. Isso porque, ao contrário da Coronavac, elas não estão em solo brasileiro.
*Midiamax – Gabriel Maymone