A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) divulgou alguns dados da safra de 2020/21. Em MS, 90% das lavouras no estado estão em boas condições, 9% em um patamar regular e apenas 1% ruim.
Os dados apresentados apontam um bom desenvolvimento da germinação das sementes, otimismo para o setor e a segurança do estado fenológico.
A maior parte das lavouras das regiões norte, sul e sudeste do estado expressam boas condições, oscilando entre 92% e 99% de aproveitamento. São Gabriel do Oeste é uma dos municípios que está neste ciclo de otimismo.
Já as regiões oeste e centro variam o desenvolvimento da safra em 95% e 92%. O produtor rural Fernando Luiz de Souza tem sua lavoura no município de Campo Grande, ele garante o otimismo e aponta o clima como fator de risco para esta safra. “Eu já vendi 50% da safra, no ano passado mesmo, o preço foi bom! Vendi a saca em um valor médio de R$ 100,00. Agora, o que me preocupa são as chuvas”.
O levantamento da Aprosoja-MS traz uma visão menos positiva para os municípios do sudeste de MS. Na região, 3% da safra pode apresentar condições ruins, 28% regulares e apenas 68% em bom estado.
Para esta safra, a expectativa é de 3,645 milhões de hectares plantados, com a pretensão de 53 sacas por hectare. A projeção de colheita ficou em 11,591 milhões de toneladas.
O clima
Como em todas as safras, o clima continua sendo um fator crucial para o bom desenvolvimento dos grãos e garantir mais produtividade. Segundo o agrometeorologista da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz, neste período, as chuvas estão mal distribuídas.
O especialista aponta que o cenário ideal seria aquele onde as chuvas viessem com mais frequência e bem distribuída. Em um contexto geral e analisando a atual situação, Fietz aponta um bom cenário climático para safra 2020/21.
“Nesta safra, a nossa região tem a possibilidade de sofrer interferência do fenômeno climático La Ninã, momento em que as águas do oceano pacífico passam por um maior processo de resfriamento. Com o evento, a previsão é que tenha-se poucas chuvas”.
Por José Câmara, G1 MS