Petrobras conclui venda da Liquigás por R$ 4 bilhões
A Petrobras informou nesta quarta-feira (23) que foi finalizada a venda da totalidade da sua participação na Liquigás Distribuidora S.A. (Liquigás) para o consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.
“Após o cumprimento das condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de R$ 4 bilhões para a Petrobras, já com os ajustes preliminares previstos no contrato, sendo parte desse recurso decorrente de investimento minoritário e relevante da Itaúsa na Copagaz”, informou a estatal, em comunicado.
A Liquigás é subsidiária integral da Petrobras e atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil. A venda da Liquigás recebeu no mês passado o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A operação, porém, foi aprovada com restrições.
A Copagaz será a nova controladora da Liquigás, em conjunto com a Itaúsa — empresa de investimentos de acionistas do Itaú Unibanco. A Nacional Gás adquirirá fatia minoritária e, após reorganização societária, será detentora do equivalente a 18% do volume de GLP vendido.
Em 2018, uma primeira tentativa da petroleira estatal para venda da Liquigás, na ocasião para o Grupo Ultra, havia sido bloqueada pelo Cade.
A Liquigás está presente em quase todos os estados brasileiros, e conta com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado.
“Essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas, onde a Petrobras tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos”, acrescentou a Petrobras.
A estatal prevê levantar de US$ 25 bilhões a US$ 35 bilhões com venda de ativos no período de 2021 a 2025. Entre os ativos incluídos no programa de desinvestimentos, destacam-se 8 refinarias, fatias na petroquímica Braskem, BR Distribuidora, na distribuidora de gás Gaspetro e térmicas.
G1