AstraZeneca diz que espera conseguir em janeiro aprovação para uso de vacina no Brasil
O diretor-executivo da AstraZeneca disse, nesta sexta-feira (18), que a empresa espera conseguir em janeiro uma aprovação para uso da vacina no Brasil. É a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.
O executivo da farmacêutica anglo-sueca, Pascal Soriot, contou que está trabalhando com a Anvisa para a aprovação o mais rapidamente possível.
Sobre o passo seguinte, a vacinação, ele disse que depende da capacidade de produção da Fiocruz, com quem tem um contrato de transferência de tecnologia. Mas apostou: “No primeiro trimestre, não há dúvidas de que podemos começar, provavelmente em fevereiro.”
A vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford é a principal aposta do governo brasileiro. O Brasil tem acordo para receber cem milhões de doses até julho.
O executivo da AstraZeneca fez a declaração durante um evento sobre o consórcio de vacinas liderado pela Organização Mundial da Saúde. Nele, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, revelou que o Covax já fechou acordos para praticamente garantir a meta de distribuir, em 2021, dois bilhões de doses de vacinas anti-Covid.
É quase o dobro do que ele anunciou há exatamente uma semana. Entre os acordos anunciados nesta sexta estão um novo com a AstraZeneca e outro com a Johnson & Johnson.
O Covax também já tinha acertos com o Serum Institute da Índia, a Novavax e a Sanofi/GSK. O consórcio está em negociação com as empresas Pfizer/BioNTech e com a Moderna.
No total, 190 governos aderiram ao Covax. Os países mais ricos vão financiar doses para os 92 mais pobres. O início da entrega está previsto já para o primeiro trimestre de 2021.
O plano é, até o fim de 2021, imunizar 20% da população de cada país, a não ser que o contrato estipule uma quantidade menor. É o caso do acordo assinado com o Brasil, que prevê 42 milhões de doses, o suficiente para vacinar 10% da população.
Os responsáveis pelo consórcio deixaram claro: os planos dependem de vários fatores, como aprovações pelas agências reguladoras e a infraestrutura local. De qualquer forma, o chefe da OMS celebrou o que classificou como um marco na saúde global.
A Fiocruz afirmou que o início da produção da vacina de Oxford está previsto para janeiro e que não medirá esforços para antecipar alguma etapa, sempre que possível, para que a população brasileira tenha acesso à vacina o quanto antes.
Por Jornal Nacional