Hospitais lotados e mais de mil casos por dia de Covid-19: “Chegamos a exaustão”, diz secretário de Saúde de MS
“Dramática”. Assim o secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, definiu nesta sexta-feira (11) a situação do estado diante da pandemia de Covid-19.
Ele disse que os hospitais tantos os públicos quanto privados chegaram a sua capacidade máxima de atendimento em leitos clínicos e de terapia intensiva (UTI). A taxa de ocupação dos leitos de UTI disponibilizados pelo SUS no estado chegou a 95% e em Campo Grande ultrapassou a capacidade máxima.
“Chegamos a exaustão de leitos aqui na Capital, em Dourados e Ponta Porã. Só temos alguns leitos em Três Lagoas”, afirmou.
Resende comentou, baseado em estudos sobre a Covid-19 que indicam que em média 5% das pessoas que se infectam precisam de hospitalização, e também na média móvel de 1.128 casos novos por dia, nos últimos 7 dias, que o estado precisaria para atender esses novos pacientes abrir 55 leitos a mais por dia.
Somente nesta sexta, foram registrados mais 1.550 casos novos e o total de infectados do estado saltou para 111.335, o que representa um aumento de 1,4% frente a quinta-feira.
O secretário diz que o número de mortes provocados pela Covid-19 também cresceu. Foram mais 9 confirmadas, mas a média móvel está em 11,3 por dia, nos últimos 7 dias. O total de óbitos chegou a 1.897. Ele apresentou um cenário pessimista. Apontou que a perspectiva é de que esses números aumentem, porque muitos pacientes enfrentam dificuldades de acesso aos leitos de UTI.
Citou que somente nesta sexta, no Hospital Regional, referência para tratamento da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, 12 pessoas estão na ala vermelha da instituição a espera de uma vaga em uma UTI.
Resende disse que para tentar barrar esse crescimento exponencial o estado tomou a decisão de uniformizar o enfrentamento da doença, baixando um decreto que estipula o toque de recolher das 22h às 5h e a determinação dos municípios seguirem o programa Prosseguir.
Disse que em uma semana 30 municípios tiveram uma piora no quadro levantado pelo programa. Citou que 45 cidades de Mato Grosso do Sul estão com bandeira vermelha no Prosseguir, o que indica alto grau de risco para a doença e a necessidade de medidas mais restritivas para o controle.
Ele lamentou que a população não esteja colaborando para o controle da doença e enfatizou que o decreto tem um objetivo principal, reduzir a mobilidade social e evitar aglomerações e festas para tentar reduzir a disseminação do vírus.
Em contrapartida, um dado positivo é o do aumento também do número de pessoas que contraíram o vírus e que estão recuperadas. Nesta sexta-feira chegou a 95.302, o equivalente a 85,5% do total.
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Por G1 MS