Corumbaense e Maracaju são julgados à revelia e punidos por dois anos

Após desistirem de seguir na disputa do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol deste ano, as equipes do Corumbaense e do Maracaju foram julgadas pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) local e punidas com a proibição de disputar torneios oficiais pelo período de dois anos, conforme prevê o regulamento da competição.

O julgamento foi realizado na noite de quinta-feira (3) à distância, em sessão aberta no aplicativo zoom. A decisão ainda não foi publicada no site oficial da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) já que a secretaria do TJD aguarda o envio do acórdão da decisão para divulgação, conforme apurou a reportagem.

Apesar de ocorrer em sessão que poderia ser acessada de qualquer lugar com acesso à internet, as defesas dos dois clubes não compareceram e, assim, as equipes foram julgadas à revelia e aplicado a punição prevista no regulamento.

Contudo, ainda existe possibilidade de reversão da decisão em segunda instância, o Tribunal Pleno do próprio TJD, além do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que fica no Rio de Janeiro (RJ). Não há nenhuma manifestação oficial dos clubes sobre tal possibilidade, mas nos bastidores já se fala sobre isso.

Ainda conforme apurado, a não realização de defesa neste primeiro julgamento teria sido uma orientação feita à diretoria do Carijó para que buscasse posteriormente e em outras instâncias a contra argumentação e derrubada da decisão inicial.

Além do rebaixamento e impedimento de jogar por dois anos, os clubes também foram multados, cada um, em R$ 1 mil. A defesa dos times, se houver, deve se valer de decisão recente da Secretaria Especial de Esportes, do Governo Federal, que orientou a não punição de clubes que abandonassem as competições por causa da covid-19.

Essa foi uma das justificativas dadas pela FFMS para ela mesmo, administrativamente, não punir os times de Maracaju e Corumbá. Os dirigentes da cidade do sul do Estado alegam que a pandemia trouxe problemas financeiros ao clube, acumulando dívida de R$ 50 mil, além de que sua ida para campo acarretar em risco de contaminação.

Já o Corumbaense, além de explicar essa situação financeira – o time não conseguiu aumento no repasse com a prefeitura e também não obteve êxito em acertar mais recursos com patrocinadores, como a Viação Andorinha – também revelou ainda não ter conseguido eleger um novo presidente, permanecendo sem um mandatário.

 

Por Nyelder Rodrigues – CAMPO GRANDE NEWS