A maioria das lavouras de soja na região dos Chapadões já estão emergidas. Nas últimas semanas a estiagem comprometeu o desenvolvimento inicial, diminuindo o desenvolvimento das plantas e com as altas temperaturas já se observa um adiantamento no ciclo.
Nestes dias quentes, os técnicos e produtores devem ter atenção redobrada com o controle de pragas.
No mês de novembro verificou-se a emergência do milho “tiguera” (plantas emergidas a partir de sementes da safra anterior). Estas plantas de milho são altamente competitivas por espaço, luz e nutrientes, e devem ser controladas com herbicidas específicos, porém o seu grande entrave esteja em hospedar determinadas pragas. A frequência de lagartas de Spodoptera frugiperda e do percevejo barriga-verde (Dichelops melacanthus) é em determinadas áreas de 100% aonde se encontra as plantas de milho.
Observa-se nas capturas de mariposas uma constância nestas últimas semanas, porém vale destacar que a praga que aumentou nos correntes anos foi Spodoptera frugiperda.
Muitas lavouras que porventura passaram por dias sem chuvas, apresentaram diminuição no estande de plantas em função da presença de S.frugiperda com o hábito de rosca, cortando as plantas rente ao solo.
As lagartas do gênero Spodoptera sp. também foram verificadas em plantas com estádios mais avançados de V4-V6, raspando as folhas de soja.
Neste momento algumas lavouras mais desenvolvidas, que já iniciaram a floração, verificou-se a presença de lagartas de S.frugiperda mas também a presença de percevejos na cultura da soja.
O percevejo barriga-verde é uma importante praga na cultura do milho sendo necessário o ajuste no manejo passando pela cultura da soja – sendo importante o produtor retirar as plantas tigueras de milho e o seu controle nesta fase inicial.
A soja não Bt (convencional RR) na região dos Chapadões também apresentou o ataque da “temida” lagarta Helicoverpa armigera, e em função da
seca algumas ferramentas de manejo não apresentaram bom controle, devendo ser complementado com demais pulverizações de defensivos.
Muitas destas lagartas encontram-se escondidas em folhas novas sendo necessário o produtor realizar boas aplicações, utilizando de gotas com melhor deposição, e as grandes diferenças são: obedecer as indicações de clima além de respeitar o tamanho da praga para o melhor funcionamento de determinados inseticidas.
As vaquinhas também foram pontualmente verificadas no monitoramento, no entanto controladas com certa facilidade pelas ferramentas disponíveis para o produtor.
Outra praga verificada na região dos Chapadões, porém com baixa infestação foi o torrãozinho (Aracanthus sp.) que leva a uma desfolha intensa na cultura e de difícil controle sendo necessário intervenções noturnas. Esta praga em visitas do pesquisador Germison pelo norte do MS e sul do MT pode se verificar intensa desfolha em determinados talhões. Ainda nestas regiões outra espécie também foi verificada e muito confundida em determinados momentos, o cascudinho (Myochrous sp).
Outras pragas como o tripes também foram verificadas pontualmente, e com a condição favorável era de se esperar uma certa ocorrência.
De modo geral observa-se que o sucesso do produtor está na atenção com o monitoramento. As previsões de Chuva para a primeira semana podem mudar o cenário, mas com certeza um bom manejo inicial pode levar a diferenças na rentabilidade do sojicultor. Este ano é um ano diferente dos demais com a seca e levando a pressão de pragas superior em comparação a anos anteriores.
Para maiores detalhes os pesquisadores da Desafios Agro estão à disposição para o manejo das referidas pragas. O nosso telefone para contato é 67.3562-4711.
Fonte: Setor Entomologia Desafios Agro