Após boatos na internet sobre estuprador, homem é espancado em praça e morre em MS

Sidney Alves dos Santos, de 38 anos, morreu após ser espancado em praça pública na cidade de Anaurilândia, a 366 quilômetros de Campo Grande, após boatos de que ele teria problemas mentais e seria estuprador. O espancamento ocorreu na sexta-feira (27) e o homem morreu no domingo (29). O caso está sob investigação da Polícia Civil.

O crime ocorreu, supostamente, após boatos em grupos de WhatsApp, de que o homem teria problemas mentais e andava com uma faca pelas ruas da cidade. Ele era acusado de importunar mulheres, crianças e idosos. As mensagens nesses grupos ganharam força, até que foi atribuído a ele o título de estuprador.  No entanto, a polícia ainda não confirmou se o homem teria cometido estupro.

Postagens em grupos e redes sociais podem ter motivado as agressões que levaram à morte da vítima – Imagens: Reprodução

Entre as conversas em um grupo, participantes disseram que, como as autoridades não tomaram providências “a população daria um jeito nele”. Então, na sexta-feira, o homem estaria na Praça Deocleciano Paes, localizada em frente à Paróquia São João Batista, quando foi agredido por duas pessoas. A vítima ficou em estado gravíssimo e o socorro foi acionado. Os autores fugiram do local.

De acordo com o site Nova News, Sidney foi socorrido até o Hospital Sagrado Coração de Jesus, porém, devido à gravidade do seu quadro clínico, acabou transferido para uma unidade hospitalar em Dourados, onde morreu no domingo (29).

Ainda, de acordo com as informações, o município sabia dos transtornos enfrentados pela vítima e havia solicitado ao Poder Judiciário a permissão para que fosse realizada a internação compulsória de Sidney Alves dos Santos. Como o processo é moroso, a possível autorização para que o paciente fosse levado para uma clínica estava sendo aguardado para esta semana, porém, o episódio de violência que levou à morte do homem ocorreu antes da possível internação.

A Polícia Civil investiga o caso e tenta identificar os suspeitos que teriam cometido as agressões.

 

 

Midiamax – Dayane Paz