Menina de 13 anos mata o pai porque teria apaixonado pela madrasta

JATAI – GO – Uma adolescente de 13 anos foi apreendida em flagrante, neste domingo (29), suspeita matar o próprio pai, de 33, com uma facada no peito, em Jataí, região sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, a garota praticou o ato porque estava apaixonada pela madrasta, de 20, e foi repreendida pelo pai.

O fato aconteceu na casa da vítima. A menina foi localizada logo em seguida na residência onde mora com a avó, a um quarteirão de distância. Conforme a polícia, ela ainda não tem advogado constituído. A avó dela, responsável pela adolescente, acompanhou todo o procedimento.

O homem chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu,) mas morreu no hospital. O delegado Marlon Luz, que fez o flagrante do caso, disse que a faca usada para golpear a vítima, foi localizada e apreendida bastante ensanguentada.

“Levantamos com a PM, que atendeu a ocorrência, e familiares que ela havia nutrido uma certa paixão pela madrasta. O pai tinha tido acesso a algumas mensagens e até a uma carta que a menor teria escrito para a madrasta. Ele conversou com ela e a repreendeu, mas a menor não teria gostado”, disse ao G1.

 

Bebida para ‘criar coragem’

De acordo com o relato da PM na ocorrência, ao chegar à casa da adolescente, a equipe a encontrou “sentada tranquilamente”. Ao ser questionada, ela confessou o ato infracional, alegando que estava apaixonada pela madrasta e que seu pai “teria a ameaçado em virtude dessa paixão”.

A adolescente alegou ainda, conforme os policiais, que horas antes do crime, fez ingestão de bebidas alcoólicas para “ter coragem” de esfaquear o pai.

O boletim destaca ainda que a menina foi até a casa do pai quando ele e a madrasta estavam dormindo. A jovem atendeu a porta e ouviu da enteada que ela gostaria de conversar como pai, pois estava com saudades e gostaria de “fazer as pazes”.

No entanto, após entrar no quarto, desferiu um golpe no pai quando ele começava a acordar.

A menina está apreendida numa cela separada da delegacia, onde pode ficar por no máximo cinco dias até que seja disponibilizada uma vaga em um centro de internação provisório.

Ela deve responder por ato infracional análogo a homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, dissimulação e meio que impossibilitou a defesa da vítima. Como é menor de idade, pode cumprir uma medida socioeducativa de, no máximo, três anos.

Por Sílvio Túlio e Tássia Fernandes, G1 GO e TV Anhanguera