O estado de Mato Grosso do Sul e a capital, Campo Grande, ficaram entre os maiores consumidores de álcool e fumo do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com o Ministério da Saúde. Na pesquisa, foi avaliada a autopercepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal.
De acordo com o estudo, o estado está na segunda posição em relação ao maior percentual de consumo de álcool do país, com 35,5%. Mato Grosso do Sul ficou atrás apenas de Rio Grande do Sul, onde 39,9% dos entrevistados pelo IBGE declararam consumir álcool. Já Campo Grande ficou na quinta colocação entre as capitais, com 38,9%. Em primeiro ficou Porto Alegre, com 47,5%.
Um dado alarmante é que 20,5% das pessoas que dirigem no estado relataram que já pegaram o veículo depois de beber, sendo o 12º maior percentual entre os estados. O dado é baseado na porcentagem dos motoristas de 18 ou mais anos, que dirigiram nos últimos 12 meses. Os números mostram que cerca de 139 mil motoristas dirigiram após ingerir bebida alcóolica em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, foram 58 mil pessoas.
De acordo com o IBGE, o uso prejudicial do álcool é um dos maiores fatores de risco para a população. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes. Esse uso é considerado uma das principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), bem como dos acidentes e violências.
Fumo
A pesquisa também apontou os hábitos de fumantes no estado e na capital de Mato Grosso do Sul. Conforme o estudo, 14,9% da população de 18 anos ou mais é fumante atualmente no estado. São 296 mil pessoas que mantem o hábito, o segundo maior número dentre as Unidades Federativas. O maior foi obtido no RS, com 15,8%. O menor, em Sergipe, com 8,2%.
Em Campo Grande, os números ficam em 16,1% – 109 mil pessoas, sendo a capital com o maior percentual de fumantes no Brasil. Conforme a publicação, a epidemia de tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, matando mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Ainda de acordo com o IBGE, todas as formas de tabaco são prejudiciais e não existe um nível seguro de exposição ao tabaco.
O Instituto ainda destaca que, no Brasil, a prevalência de tabagismo vem se reduzindo significativamente ao longo das décadas. Os dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apontam queda na prevalência de tabagismo em adultos no Brasil, entre 2006 a 2019. Em 2006 o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais de idade residente nas capitais e no Distrito Federal era de 15,7%, passando para 9,8% em 2019.
*G1 MS