Em três dias, as forças de Segurança envolvidas na Operação Divisas Integradas III, apreendeu mais de 4 toneladas de droga em Mato Grosso do Sul. De acordo com dados divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), as cargas foram encontradas entre os dias 26 e 28 de outubro.
A maior parte das apreensões consiste em maconha. Foram 4 toneladas, sendo 3,2 somente na segunda-feira. Cargas menores de cocaína, pasta base, crack, heroína, haxixe e drogas sintéticas foram encontradas nos outros dias.
O balanço foi divulgado no final da tarde desta quinta-feira, após Coletiva de Imprensa com secretário de Segurança de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná que participam da Operação.
De acordo com o titular da Sejusp, Antônio Carlos Videiras, as ações da operação, embora mais articuladas e com resultados mais efetivos, compreende apenas parte dos trabalhos desenvolvidos no combate ao tráfico de drogas. “Até ontem, no Estado foram apreendidas mais de 664 toneladas de drogas. Um aumento de 104% no volume em relação ao ano passado”.
Embora aconteça em regiões específicas, o secretário lembra que a operação tem impacto em todo País. “Nós potencializamos a sensação de segurança, não somente nos estados envolvidos na operação”, ressaltou.
A ação, que estabelece um marco de integração e parceria entre as polícias dos quatro Estados, tem como objetivo reforçar as atividades de combate ao crime organizado e ao narcotráfico.
Polícias Militar, Civil e Técnico Científica, bem como o Corpo de Bombeiros Militar e Departamentos de Inteligência de cada estado participam das ações. No âmbito federalista, estão integrados o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Radares – Videiras também lembrou que a implantação de sistema de radares pode contribuir para combater o narcotráfico no espaço aéreo. Em agosto, instrumento de monitoramento da FAB (Força Aérea Brasileira) foi inaugurado em Corumbá. A estação possui dois radares (o primário LP23SST-NG e o secundário RSM97OS) para controlar o espaço aéreo com foco na melhoria da cobertura em baixas altitudes para a identificação da presença de aeronaves não-autorizadas com cargas ilícitas, no território brasileiro.
A estrutura instalada em Corumbá é resultado da parceria firmada em 2018 entre a FAB e a empresa Omnisys, subsidiária do Grupo Thales no Brasil, que prevê ainda a instalação de sistemas de vigilância em Porto Murtinho e Ponta Porã. Os locais foram escolhidos devido ao número de aeronaves observadas entrando no País de maneira irregular pela região e pelas eventuais falhas na cobertura de radar.
Ao todo, a FAB adquiriu junto a Omnisys/Grupo Thales os três sistemas radar ao custo de R$ 127 milhões para ampliar a vigilância na fronteira do Brasil com países vizinhos. Os sistemas terão raio de alcance de 463 milhas.
Somente neste ano, segundo a FAB, foram interceptadas mais de 3,5 toneladas de cocaína em voos clandestinos da Bolívia para o Brasil, por meio das unidades de caça, na maioria das vezes interceptações do Esquadrão Flecha, da Ala 5 (antiga Base Aérea de Campo Grande).
*Campo Grande News – Tainá Jara