O governo estadual decretou situação de emergência em Mato Grosso do Sul, pelo prazo de 60 dias, em função da “seca” deste ano, que abaixou o volume das águas nos rios e mananciais do Estado. Este é considerado o período de estiagem mais severo nos últimos 20 anos.
O decreto destaca que os níveis dos mananciais do Estado estão abaixo do padrão e que o abastecimento de água para população tem relação direta com as “chuvas” e volume dos dos rios. Também lembrou das altas temperaturas e que é necessário inclusive divulgar e conscientizar a população sobre a economia e uso “racional” da água.
Com isto os órgãos estaduais ficam autorizados a destinar recursos e materiais para operações de abastecimento. O Imasul (Instituto Estadual de Meio Ambiente) vai priorizar as análises de outorgas de direitos de uso de recursos hídricos, assim como autorizações ambientais destinadas ao abastecimento (água) público.
O órgão (Imasul) ainda irá avaliar restrições para atividades agropecuárias, industriais, comerciais e de lazer, com a intenção de “normalizar” as captações. Também fica autorizado o uso de propriedade particular, em função de iminente perigo público.
Ações – As fiscalizações em caráter de urgência poderão autuar usuários em situação irregular (uso de recursos hídricos), assim como fazer a devida orientação. Os órgãos e entidades estaduais devem promover comunicação e publicidade sobre a necessidade de se economizar “água” neste período.
“O decreto é em função do volume de água nos rios que está abaixo do normal e mesmo com o retorno das chuvas, devem demorar um pouco para subir (nível), o que traz preocupação sobre o abastecimento à população”, explicou o coordenador estadual da Defesa Civil, o tenente-coronel Fábio dos Santos Coelho Catarinelli.
Ele disse ao Campo Grande News que são necessárias medidas mais rápidas para tratar da situação. “Por exemplo se dá condições para operadoras de manejo de água, avaliar outras fontes de captação, já que alguns rios a recuperação hídrica é muito lenta”.
Catarinelli também recomendou que a população contribua e não desperdice água neste período. “Temos o Rio Paraguai, por exemplo, em que a régua no trecho de Ladário e Porto Esperança nunca estiveram em um nível tão baixo”, ponderou.
Por Leonardo Rocha – CAMPO GRANDE NEWS