A família do montador profissional de rodeio Anderson Cardoso Domingues, de 29 anos, está desesperada com o desaparecimento dele. Há 21 dias ele saiu de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, com destino à Caldazinha, em Goiás, para voltar para casa e não foi mais visto.
O sumiço foi registrado pela família na Polícia Civil de Goiás, na última sexta-feira (9). Anderson é goiano e decidiu voltar para a cidade natal em busca de novas oportunidades de trabalho, já que a quantidade de rodeios em Ribeirão Preto diminuiu significativamente com a pandemia do coronavírus.
A mãe do jovem, Sirlene Domingues Vieira Teixeira, de 54 anos, conta que o filho trabalhava nos últimos meses por diárias de montagem em fazendas no interior paulista, mas o serviço pagava pouco, e ele viu a renda cair subitamente.
“Durmo mal ultimamente e choro muito com essa angústia em não saber onde meu filho está. Não sabemos se ele foi morto ou virou morador de rua. Pode estar passando fome”, desabafa a mãe.
A última notícia sobre Anderson foi repassada à família por um amigo que morava com o jovem, em uma fazenda do interior paulista.
“No dia 24 de setembro, ele saiu da fazenda com pouco dinheiro, sem celular, só com a roupa do corpo e disse que viria embora pegando carona”, detalha Sirlene Teixeira.
Viagem de carona e com pouco dinheiro
A preocupação da mãe se baseia nas condições de viagem a que o filho se submeteu. Segundo Sirlene Teixeira, ele decidiu voltar pegando carona na estrada e com pouco dinheiro no bolso.
“Nós fazíamos contato com ele por meio do celular de um amigo que morava com ele em São Paulo, na fazenda onde trabalhava. O celular dele foi roubado há alguns meses. Esse amigo dele que nos relatou que ele voltou de carona na estrada e quase não tinha dinheiro”, explica a mãe.
Sirlene conta ainda que não sabia que o filho queria voltar para Caldazinha nestes últimos dias. Eles chegaram a conversar sobre a volta há alguns meses, mas que o retorno agora no final de setembro não estaria combinado.
“O último dia que ele falou comigo foi em 23 de setembro e não comentou nada que viria embora. Dia 30 de setembro eu me preocupei, porque ele não tinha ligado mais. Liguei para esse amigo dele da fazenda, e ele me falou que dia 24 de setembro ele tinha saído da fazenda, dizendo que estava vindo embora”, relata Sirlene Teixeira.
Por Rafael Oliveira, G1 GO