Sete bois para cada habitante: mesmo em queda, rebanho de MS ainda impressiona
São 19.407.908 milhões de bovinos contra 2.809.394 habitantes. Praticamente sete animais para cada morador. Os números são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e exemplificam o poder da pecuária em Mato Grosso do Sul, que hoje possui o quinto maior rebanho de bovinos do Brasil.
Mas a Pesquisa da Pecuária Municipal do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (15) mostra mais que isso: Corumbá, apelidada de capital do Pantanal, é o município com o segundo maior rebanho de bovinos do país e possui o maior quantitativo de equinos.
O município na fronteira com a Bolívia possui, conforme os dados relativos ao ano de 2019, 1.775.028 bois e vacas e 38.546 cabeças de equinos – 10% do total registrado em todo Mato Grosso do Sul, que é de 361.005 cabeças.
Contudo, a pesquisa também traz outras informações, como a queda do rebanho de bovinos em comparação a 2018 (eram 20.896.700, ou seja, redução de 7,12%). Outros estados, como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Pará – que ultrapassou o MS -, apresentaram alta.
No caso do Mato Grosso, líder em cabeças de rebanho, são 31.739.896 animais, enquanto que Goiás segue em seguindo, com 22.785.151. Já Minas aparece em terceiro, com 22.020.979 cabeças, com o Pará em quarto – o estado tinha 20.628.651, menos que Mato Grosso do Sul em 2018, mas saltou para 20.881.204 em 2019.
O sétimo lugar no ranking de municípios com mais cabeças de gado é ocupado por Ribas do Rio Pardo, que possui 1.045.944 animais. Contudo, em 2018, a município era o terceiro. Entre os vinte maiores criadores aparecem também Aquidauana em 15º, com 748.882 cabeças, e Porto Murtinho, que está em 20º com 644.655 animais.
Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes em Mato Grosso do Sul, além de Corumbá, aparecem na lista de 10 maiores rebanhos de gado locais Três lagoas e Campo Grande, respectivamente, em sexto lugar com 540.685 e novo lugar com 501.175 animais.
Galinhas e porcos em alta – Em contraponto a queda do total de gado no Estado, houve aumento de 8,41% no total de bubalinos (14.956) e 9,38% na quantidade de equinos. Entre os animais de médio porte, os suínos cresceram 2,15%, indo a 1.511.866.
Já os caprinos registraram redução de 5,22% e foram para 27.543 animais, enquanto os ovinos somaram 432.919 cabeças, número 0,62% menor que o de 2018. Apesar disso, a evolução de cabeças entre os animais de pequeno porte foi de 1,42%.
Quem também registrou crescimento foram os animais de pequeno porte, puxados pela produção de galináceos. Com 29.678.301 animais, o número cresceu 5,35% – o contraponto foi a queda de 46,59% de codornas, fechando 2019 em 66.556 cabeças.
Segundo o IBGE, o aumento na produção de ovos de galinha foi de 2%, ficando em 54.374 mil dúzias – ou seja, 652.488 unidades em 2019. O maior produtor do Mato Grosso do Sul é Terenos, com 24.955 mil dúzias no ano passado.
Enquanto isso, o efetivo de suínos de Mato Grosso do Sul aparece como o sétimo do Brasil, com 1,51 milhão de cabeças, um aumento de 2,02% em relação a 2018. São Gabriel do Oeste e Glória de Dourados tiveram os maiores efetivos locais em 2019.
Leite em queda – O IBGE observou que entre o ano retrasado e o passado a produção de leite em Mato Grosso do Sul caiu 8,6%, já que o número de vacas ordenhadas foi de 158,4 mil e a produção de leite somou 282,75 milhões de litros – em 2018 foram 309,2 milhões.
“Os números vêm apresentando queda desde 2013 e esta tem influenciado a produção de leite”, frisa o IBGE em seu informativo, acrescentando ainda que Itaquiraí manteve a posição de maior produtor de leite no Estado com 20,86 milhões de litros. O maior produtor do país segue sendo Minas Gerais, com 9,44 bilhões de litros – 27,1% do país.
Peixes – Mato Grosso do Sul se destaca com o sexto maior produtor nacional de tilápias, com 17.059 toneladas em 2019 – número que surpreende pelo crescimento de 36,3% com relação a 2018. O maior produtor local segue sendo Aparecida do Taboado, com 9,6 mil toneladas.
Contudo, foi possível ver um salto gigantesco de Selvíria, município vizinho e também localizado na região do Bolsão. Ali, enquanto a quantidade em 2018 era de 521 toneladas, ele saltou para 4,2 mil toneladas em 2019.
Paranaíba, na mesma região, é o quarto, pulando de 56,4 toneladas para 702,2 toneladas. Fecham a lista Mundo Novo, em terceiro, com 810 toneladas de tilápias produzidas no ano passado, e Brasilândia, com 610,3 toneladas.
Por Nyelder Rodrigues – CAMPO GRANDE NEWS