O cantor sertanejo e sanfoneiro Diego Souza Sá, de 29 anos, morreu ao ser baleado, na tarde desta terça-feira (13), dentro de um lava a jato do setor Vila Nova, em Goiânia. Segundo a família, um amigo atirou, acidentalmente, no olho da vítima.
Parentes do cantor registraram que o músico acompanhava um primo, que tinha ido buscar o carro no lava-a-jato do autor do disparo. De acordo com a apuração inicial da Polícia Civil, chegando ao local, o dono, que era amigo dos dois, foi mostrar um revólver calibre 38 que havia comprado.
O boletim de ocorrência descreve que “no manuseio da arma, o autor a disparou de algum modo, ferindo a vítima na cabeça. Em seguida ao ocorrido, o autor ficou aflito e saiu do local para pedir socorro médico e não retornou mais ao local, inclusive levando o revólver consigo”.
Cairo disse que o primo de Diego que acabou presenciando tudo está extremamente abalado e medicado por causa do trauma e ainda não consegue falar sobre o que aconteceu.
O G1 não conseguiu contato com o dono do lava a jato até a publicação desta reportagem.
Conforme a Polícia Civil, ele pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, quando se apresentar à delegacia.
Segundo o padrinho da vítima, Cairo Mayron Ramos, até as 20h desta terça-feira, o corpo do cantor seguia no Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia para o exame cadavérico .O velório está agendado para acontecer a partir das 10h no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia.
Carreira
Natural de São Miguel do Araguaia, no norte de Goiás, Diego Souza Sá deixa esposa e uma filha de 2 anos. Ele fazia shows em Goiânia e em cidades do interior do estado, segundo o parente.
“Estava crescendo na carreira e todos torciam para ele estourar e fazer sucesso na música”, conta Ramos.
Para driblar as dificuldades financeiras causadas pela pandemia do coronavírus, ele também trabalhava na produção de linguiças artesanais.
Luto
Diego Souza Sá deixa esposa e uma filha de 2 anos. Ele fazia shows em Goiânia e em cidades do interior do estado.
Durante a pandemia, como teve de se afastar dos palcos, ele abriu uma empresa de linguiças artesanais, por meio da qual estava ajudando a manter a família.
Por Rafael Oliveira e Vanessa Martins, G1 GO