O operador de máquinas Arilson de Souza, de 46 anos, que morreu na quarta-feira (30) ao combater uma queimada em um canavial em Itapura (SP), chegou a postar um desabafo em uma rede social sobre as pessoas que colocam fogo em canaviais quase um mês antes de morrer carbonizado.
Na postagem, feita no dia 9 de setembro, Arilson fez alerta sobre a prática de queimadas em canaviais. “Pode queimar mata, bichos, ninhos de pássaros, lavouras sem seguro ou até mesmo pessoas em suas casas ou sedes. Pense nisso”, escreveu.
De acordo com a polícia, Arilson trabalhava como operador de máquinas e fazia parte da brigada de incêndio da usina. Para ajudar a controlar as chamas, a vítima estava em um trator para fazer um aceiro – que é um corte no terreno para o fogo não se alastrar.
Contudo, as chamas atingiram o trator e o homem saiu correndo, mas teria sido cercado pelo fogo, morrendo carbonizado. O incêndio, que começou por volta do meio-dia, foi totalmente controlado apenas às 23h.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do incêndio e também a morte do homem. O corpo de Arilson foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Andradina e foi liberado para a família.
O operador foi enterrado no cemitério municipal da cidade nesta quinta-feira (1º). Ele deixou um filho de seis anos.
Em uma rede social, a usina lamentou a morte do funcionário e disse que está prestando a assistência necessária.
Trator onde Arilson estava quando tentava combater o fogo — Foto: Rafael Honorato/TV TEM
Área que pegou fogo na região de Itapura e funcionário de usina morreu — Foto: Rafael Honorato/TV TEM
Por G1 Rio Preto e Araçatuba