Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou hoje (12) que a produção de grãos na safra 2014/2015 deve ficar em 202,23 milhões de toneladas. O volume esperado cresceu 1,54 milhão de toneladas, ou 0,76%, em relação à estimativa inicial. A Conab informou, em abril, que a safra de grãos atingiria 200,7 milhões de toneladas.
De acordo com a Conab, o acréscimo deve-se a ganho nas produtividades do milho de primeira safra, da soja e do trigo. A Conab destacou ainda que, em maio, é apresentada a primeira previsão das culturas de inverno para 2015. Caso as projeções do órgão se confirmem, a colheita de grãos em 2014/2015 será 4,4%, ou 8,6 milhões de toneladas, superior à registrada para a safra 2013/2014.
A previsão de área plantada para 2014/2015 ficou em 57,21 milhões de hectares. A estimativa supera em 150,6 mil hectares, ou 0,3%, a área cultivada na safra 2013/2014, que foi 57,06 milhões de hectares. De acordo com a Conab, o destaque dessa safra é a cultura de soja, com crescimento de 4,6% (1,4 milhão de hectares) em relação à área plantada na safra anterior.
O levantamento da Conab foi realizado entre 12 e 18 de abril. Foram coletadas informações de área plantada, produção e produtividade média estimadas, além de evolução do desenvolvimento das culturas e pacote tecnológico usado pelos produtores. O trabalho é feito com a cooperação de agrônomos, técnicos do IBGE, cooperativas, secretarias de Agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural, agentes financeiros e revendedores de insumos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou hoje estimativa para a safra. Segundo o IBGE, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2014/2015 deste ano poderá chegar a 201 milhões de toneladas, maior do que o previsto nas estimativas anteriores.
Os cálculos da Conab e do IBGE são feitos com base em metodologias diferentes. O IBGE trabalha com anos civis, enquanto a Conab pesquisa o ano-safra, que vai de abril a março do ano seguinte, no Centro-Sul. O IBGE também inclui, nos levantamentos, culturas que não integram as pesquisas da Conab.
Agência Brasil