Ao investigar denúncias de estupro de vulnerável e crimes característicos da violência doméstica, como ameaça e lesões corporais, policiais de Paranaíba, na região leste do estado, se depararam com um cenário muito triste: criança sem alimentos básicos e casas que não tinham nem geladeira.
“Nós estávamos investigando essas situações de abuso e violência doméstica e vemos o quanto estas crianças estavam vivenciando situações difíceis. Algumas tinham o básico, arroz e feijão, mas, com muitas crianças na casa, sem um pão, uma bolacha, nenhum alimento neste sentido. Em outras casas, não tinha cebola, óleo, nada para um lanche, por exemplo”, afirmou ao G1 a delegada Eva Maira Cogo, titular da delegacia do município.
Nestes momentos, segundo a delegada, a equipe não conseguir sair do local sem ajudar e aí que tiveram a ideia de uma campanha, para ajudar ainda mais pessoas carentes. “A gente não conseguia ir embora sem comprar algo para elas [crianças]. E pensamos que poderia ter uma ajuda mais constante, pois, sabemos que não é uma situação pontual. Na zona rural, por exemplo, visitamos uma casa com quatro crianças que nem geladeira tinha”, comentou.
Com a campanha, na qual a polícia ressalta a dignidade e preocupação com o próximo, estão sendo arrecadados alimentos da cesta básica, além de produtos de higiene e produtos para lanche das crianças, como pães, frutas, biscoitos, bolachas, danone, leite, achocolatado, etc.
A polícia do município ainda pede brinquedos, roupas, ressaltando que, em tempos de pandemia, qualquer doação será bem vinda. “Até o momento ajudamos cerca de 20 famílias e, nesta semana, entregaremos cerca de 25 kits. Nós também arrecadamos 800 reais, que foram revertidos em alimentos. Vejo que muitas pessoas são solidárias e querem ajudar. A DAM está fazendo esta ponte entre as famílias necessitadas e a população”, finalizou.
O local para entrega é a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DAM) de Paranaíba. com atendimento de segunda à sexta, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30 (de MS). O telefone para mais informações é: (67) 3503-1266 e 98105 1266 (whatsApp).
Por Graziela Rezende, G1 MS