Filhote de onça-parda resgatado é levado para avaliação médica em fazenda de MS

Um filhote de onça-parda foi encontrado em um canavial na área rural de Loanda, a 30 km da divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul, no sábado (19). O animal foi levado para passar por avaliação veterinária e ficar em observação na fazenda de preservação ambiental, Green Farm, em Itaquiraí (MS).

Conforme a PMA, o animal é recém-nascido e, provavelmente, tem menos do que uma semana de vida. Sem nenhum ferimento, a oncinha foi encaminhada no domingo (20) para a fazenda Green Farm, onde poderá receber os cuidados necessários.

Um biólogo do Instituto Água e Terra (IAT) foi acionado e orientou que o animal fosse encaminhado para avaliação veterinária, na Fazenda Green Farm. A ocorrência foi atendida pela Polícia Ambiental do Paraná e do Mato Grosso do Sul, que atua na operação Hórus, em Porto Felício – divisa do Paraná com MS.

Em situações como essa, a PMA orienta que os filhotes não sejam retirados imediatamente do local, pois a mãe pode voltar para buscá-lo. O ideal é avisar os órgãos de proteção ambiental para que monitorem e tomem as providências.

onça-parda
Filhote de onça-parda não tinha ferimentos. (Foto: Divulgação)

Onça-parda

O puma concolor, comumente conhecido como onça-parda, puma, suçuarana ou leão-baio, é o segundo maior felino do Brasil e está amplamente distribuído pelo país. Ele não é considerado um animal em extinção, mas classificado como em situação “vulnerável”.

De acordo com o ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), a severa redução na disponibilidade de hábitats devido ao crescimento urbano, a diminuição de suas presas nas matas, a caça e a ampliação da malha rodoviária, estão entre os principais fatores que influenciam no aparecimento destes animais em zonas urbanas.

Além disso, o acentuado declínio populacional que a espécie vem sofrendo ao longo de toda a sua distribuição geográfica proporciona a chegada das onças perto de residências.

A onça-parda tem tamanhos populacionais naturalmente baixos e a reposição de indivíduos é lenta, por isso, cada morte é extremamente impactante à espécie.

 

 

*Midiamax – Gabriel Maymone