Chuva e força-tarefa ajudam a reduzir focos de incêndio no Pantanal, segundo governo; mas situação ainda é de alerta
A chuva que caiu no fim de semana no Pantanal e no Cerrado sul-mato-grossense somada à força-tarefa de bombeiros, brigadista do Ibama e ICMBio ajudaram a reduzir os focos de incêndio nestas regiões. O governo estadual diz que a situação ainda é de alerta.
No Mato Grosso, a chuva que caiu na madrugada deste domingo (20) na região do Pantanal, embora considerada fraca, também amenizou os focos de calor na região.
Nesta segunda-feira (21), uma equipe em três embarcações, se deslocará para a região do Amolar, em Mato Grosso do Sul, local conhecido como Serra Negra, em Corumbá, onde ainda há diversos focos.
Segundo informações do governo do estado, no domingo (20), choveu pouco, mas já foi suficiente para aumentar a umidade do ar e reduzir os focos. Foram identificados 22 focos em Corumbá e 1 em Pedro Gomes, municípios que ficam no Pantanal. Os números equivalem à redução de 50% em relação ao dia anterior. No início do mês, Pantanal e Cerrado concentravam mais de mil focos.
As precipitações ocorridas no sábado e no domingo foram baixas nas regiões críticas de queimadas, em Mato Grosso do Sul, mas o suficiente para aumentar a umidade e favorecer o controle dos focos, disse Jaime Verruck, secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.
O secretário informou ainda que a força-tarefa prioriza neste momento as ações de combate aos incêndios no Parque do Taquari e na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Norte de Corumbá).
O Pantanal sofre com as queimadas. O tempo seco, a umidade relativa do ar e os ventos têm feito com que o fogo se alastre rapidamente. Segundo os últimos dados do Ibama, os incêndios já destruíram ao menos 1.165 milhão de hectares de vegetação do bioma do lado de Mato Grosso do Sul. O estado está em situação de emergência ambiental e a União já garantiu ajuda com R$ 3,8 milhões. Bombeiros do Paraná ajudam no combate.
A Polícia Federal investiga os responsáveis por alguns destes focos de incêndio. Através de análises de imagens de satélites, os policiais chegaram à suspeita de que fazendeiros da região da Serra do Amolar teriam colocado fogo em vegetação para transformação em área de pastagem. Uma operação cumpriu mandados de busca e apreensão em propriedades rurais e o dono de uma delas foi preso em flagrante por posse irregular de arma e de munições.
Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari
No Cerrado, o combate ao fogo no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari segue com um contingente de 150 combatentes, sendo 70 homens do Exército e 60 entre bombeiros de Mato Grosso do Sul, do Paraná e voluntários. A estrutura conta ainda com oito aeronaves, sendo duas do ICMbio, três do setor de energia do Estado e outras três bancadas pelo setor de florestas. O Imasul (Instituto de Meio Ambiente e MS) também integra a força-tarefa no monitoramento do Parque do Taquari.
*G1 MS