Milho preocupa, soja segue quente

A China segue comprando soja nos Estados Unidos, com a Consultoria ARC Mercosul estimando que os chineses já tenham comprado de 22,5-23,5 milhões de toneladas da oleaginosa norte-americana no atual ano comercial. “O que enquadra as compras com destinos específicos de entrega e aqueles ainda não nominados”, explicam os analistas.

Entretanto, a ARC alerta que estas compras asiáticas de soja nos Estados Unidos são diretamente para a construção estrutural de estoques do Governo – uma vez que os importadores privados da China continuam concentrando as compras de exportações futuras para o Brasil: “Também vale lembrar que neste período do ano é comum a transição de demanda entre Brasil e EUA, uma vez que o grão já se torna escasso em território brasileiro”.

Já o milho em Chicago pode estar próximo de uma exaustão, assim como em todo o restante do globo. “A demanda pelo cereal está comedida, a falta de reaquecimento do consumo de milho mundial tem preocupado na manutenção dos atuais preços”, concluem os analistas da Consultoria ARC Mercosul.

CLIMA

Ainda de acordo com a ARC, as leituras climáticas atualizadas para os Estados Unidos ressaltam a chegada de chuvas torrenciais no Golfo do país, impulsionadas pelo Furacão Sally: “Em exceção dos potenciais danos a serem causados nas zonas urbanas, a chegada do furacão não traz impactos negativos diretamente ao avanço da safra norte-americana. No Delta do Mississippi, onde a colheita já está em andamento, as previsões são de seca – sendo o mesmo para o Cinturão Agrícola. A única preocupação com o fenômeno é que a interferência atmosférica tem causado a retração de chuvas sobre todo o Cinturão Agrícola, prejudicando as áreas sob sinais de estiagens no estado de Iowa e norte de Illinois”.

No Brasil, as chuvas chegam ao sul de Minas Gerais, norte de São Paulo, leste do Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. “Índices pluviométricos entre 20-35mm são projetados entre 16 e 23 de Setembro nas áreas citadas. O Paraná, Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul também serão regados com novas rodadas de chuvas no mesmo período, entretanto de menor intensidade”, conclui a ARC Mercosul.

Por: AGROLINK –Leonardo Gottems