AMPLA VISÃO: Eleições de 2018 refletirão em 2020?

ELEIÇÕES 2020 Elas estão vinculadas basicamente as questões locais; a qualidade dos serviços na saúde, educação, transporte, saneamento e moradia. Mas o eventual mau humor pelo cenário nacional (desemprego/ crise) e o fim das coligações para vereança – exigirão boa estratégia dos candidatos e partidos. Aqui no Estado, não será diferente nos maiores colégios eleitorais.
DETALHE O resultado do 1º turno do pleito de 2018 pode esboçar o cenário da disputa municipal. Em algumas cidades, candidatos, eleitos ou não, avaliam as chances de concorrer ao cargo de prefeito. Lembro: na capital Sergio Harfouche (PSC) liderou com 163.314 votos (20,17%) para o Senado; Soraya Thronick (PSL) 151.697 votos (19,35%), Marcelo Miglioli (PSDB) 96.483 votos (11,92%).

DESTAQUE também na capital para a Câmara Federal onde Rose Modesto (PSDB) com 49.435 votos ( 11,99) só perdeu para Fábio Trad (PSD) com 57.020 votos ( 13,83%). Para a Assembleia Legislativa saíram fortalecidos eleitoralmente Capitão Contar (PSL) – o campeão – com 39.896 votos (8,92%) e coronel Davi com (PSL), 24.218 votos (5,42%).

ENFRAQUECIDOS Favorito a uma das vagas ao Senado Zeca do PT ficou em 4º lugar na corrida ao Senado em Campo Grande obtendo apenas 76.465 votos, abaixo de Marcelo Miglioli. Para a Câmara Federal o deputado Vander Loubet (PT) chegou aos 8.680 votos (2,07%),enquanto o deputado Dagoberto Nogueira (PDT) estacionou em 8.423 votos (2,04%). As votações derrubam o cacife deles como pretensos candidatos em 2020.

DOURADOS Desempenho no pleito de 2018. Para deputado estadual: Marçal Filho (PSDB) 19.021 votos (18,30%); Renato Câmara (MDB) 9.375 votos (9,02%); Elias Ishy (PT) 7.805 votos (7,51%); José Carlos Barbosa (PSDB) 7.455 votos (7,17%). Para Câmara Federal: Geraldo Resende (PSDB) 12.037 votos (11,45%), vereador Alan Guedes (DEM) 8.742 votos (8,31%); George Takimoto (MDB) 8.587 (8,17%); vereador Cido Medeiros (DEM) 7.165 votos (6,81%). Em tese podem influenciar no resultado das eleições.

OBSERVAÇÕES Com o fim das coligações os partidos deverão apresentar chapas completas com o maior número possível de postulantes a vereança, ou seja; o número de vagas em disputa mais 50%. Será o fim das siglas de aluguel e o voto representará mais fielmente a vontade do eleitor. Até aqui com a coligação proporcional votava-se num candidato a vereador e acabava elegendo outro – às vezes sem qualquer identidade com o eleitor.

REGRAS O sistema proporcional continuará, mas sem coligações. Elas só serão permitidas para o cargo de prefeito. Para a vereança vão se eleger os postulantes mais votados dentro de seus partidos, desde que a sigla atinja o quociente eleitoral. Mas o candidato terá que ter 10% dos votos do quociente exigido. Exemplo: se tiver 10 vagas na Câmara e 100 mil votos válidos, o quociente será de 10 mil votos válidos. Aí só serão eleitos os candidatos com no mínimo 1 mil votos, equivalente aos 10% do quociente.

‘CLASSUDO’ O deputado federal Loester Carlos (Tio Trutis) PSL acaba de se envolver numa enrascada com o vereador Delegado Wellington (PSDB) da capital. No lugar de se ater às questões nacionais que afligem o país, manifestou-se de forma grotesca nas redes sociais contra o vereador pela concessão de moção de congratulações a um aluno e atleta. O que estarão pensando os 56.339 cidadãos que votaram no deputado? Como dizem os franceses nestas situações: “noblesse oblige”.

A POLÊMICA A Lei da Ficha Limpa oferece proteções à sociedade, mas retira a soberania do eleitor, motivando discussões. A questão das contas rejeitadas liderará as polêmicas já que é vista como ato doloso de improbidade vetando candidaturas. Mas se a decisão do Tribunal de Contas for suspensa ou anulada pela justiça estará permitida. Em 2016, o STF decidiu: o candidato será inelegível se as suas contas forem reprovadas pela Câmara Municipal. O ministro Gilmar Mendes, é o defensor da tese. Não é por acaso que os prefeitos tratam bem as Câmaras, de olho no futuro. NO ARREMATE sobre o tema vale recordar: na política não há reserva de mercado de uma eleição para outra. O candidato ‘arrebenta’ num pleito como candidato a deputado e na seguinte passa vexame como candidato ao senado ou a prefeito. Nas eleições municipais a razão perde para a emoção. O cenário do embate é menor e os personagens envolvidos são pessoas próximas e que ganham maior visibilidade. Eu diria: uma guerra!

RICARDO AYACHE Notícia recente – sem respaldo na lógica política diz que ele poderia retornar ao PSB. Os analistas numa só voz perguntam: para fazer o que mesmo? Ora! Revigorado com o excelente trabalho que vem realizando à frente da Cassems, Ayache tem uma rodovia larga e bem sinalizada pela frente. Não vejo razões para precipitar. Tudo ao seu tempo.

RÁPIDAS….. DEPUTADO Marçal Filho (PSD) teve aprovado seu projeto instituindo a disciplina de Educação Financeira nas escolas de ensino médio…..PARA o deputado Dagoberto Nogueira (PDT) o ex-juiz Odilon de Oliveira já acertou com o prefeito Marcos Trad (PSD)…..DEPUTADO Jamilson Name (PDT) pediu reforma do pontilhão na Orla Ferroviária da capital…..ÓRFÃOS do ex-governador Puccinelli (MDB) tentam minimizar ou exorcizar o fantasma de novas operações policiais……O SENADOR Nelsinho Trad (PSD) inovando com escritório em Naviraí prestigiando o 1º suplente José Chagas….. DÚVIDA: Parlamentares que não enviam notícia de Brasília – não tem assessorde imprensa ou não fazem bulufas….. INCERTO o futuro do PPS nas eleições municipais de 2020…..MUITO ou pouco? O prejuízo entre a compra e a venda da Refinaria de Pasadena foi de 800 milhões de dólares. Isso o PT não conta…..DEPUTADO Lucas de Lima (SD) entusiasmado com a recepção que vem tendo com sua Ação de Cidadania nos bairros da capital. A vez agora é da ‘Moreninhas’. EM ALTA 12 anos presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, o deputado Marcio Fernandes (MDB) comanda também a Secretaria da UNALE ( União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais). Com isso teve o cacife político para intervir junto à ministra Tereza Cristina – da Agricultura para assegurar verba de R$500 milhões para modernização da frota agrícola; mais de R$ 1 bilhão em financiamento do Banco do Brasil e R$ 1 bilhão para o seguro rural do Plano Safra 2019/2020 conforme anúncio feito pela ministra no último dia 29 em Ribeirão Preto.

BOA ESCOLHA Repercutindo bem nas lideranças da classe ruralista a nomeação do nosso Ademar Silva Jr para o comando da Agencia Nacional de Assistência técnica Extensão Rural (Anater). Ex- ex-presidente da Famasul, médico veterinário que tem visão moderna do setor, tendo atuado junto com a ministra Tereza Cristina lá na Seprotur. Mais um de nosso Estado lá em Brasília.

NA MÍDIA Deputada Rose Modesto (PSDB) foi notícia no site Diário do Poder defendendo a doação das milhas aéreas dos parlamentares aos carentes, como os atletas pobres que vão competir e os doentes em busca de tratamento. Rose diz que as milhas pertencem ao povo – que paga a conta – não a quem faz a viagem. Aliás, só em 2018 os parlamentares torraram R$53 milhões viajando de avião. Como se diz: ‘viajar é preciso’. EQUILÍBRIO Quem se empolga queima etapas vai pra casa mais cedo. Não parece ser o caso do deputado Evander Vendramini (PP) que trata a questão sucessória de Corumbá comedidamente. Priorizando o mandato deixa claro suas boas relações pessoais e políticas com o atual prefeito e seu compromisso de campanha com a cidade e região. Quanto a questão do diretório do partido, pontuou: “O bom senso recomenda que a situação continue como está”. CASAMENTO? A convenção nacional do DEM será neste dia 30 e do PSDB no dia seguinte. O tema fusão entraria nas duas pautas. Explico: sem coligação partidária, a dupla DEM-PSDB dobraria o poder de fogo no pleito de 2020; 5 governadores, 14 senadores, 57 deputados, superando o PSL com 54 deputados e o PT com 55. Caso o PSD entre neste barco, seriam 93 deputados e 23 senadores, a maior força das duas Casas. TRECHO da fala do deputado Fabio Trad (PSD) na CCJ da Reforma Previdência Social; “Essa oposição que vota contra a reforma não diz ao Brasil porque os governadores anteriores mexeram na previdência. Se o voo estivesse tranquilo, porque FHC mexeu, porque Lula mexeu, porque Dilma mexeu, porque Temer mexeu? Portanto, o Governo Bolsonaro que assumiu há pouco, há 4 meses herdou esses números devastadores. Então é uma questão de responsabilidade cívica e de coragem de homens públicos. Não a covardia! À favor do Brasil!”

PARA REFLETIR: “Vivemos o melhor tempo da nossa história, mas não estamos felizes. Estamos hipnotizados, achando que precisamos ter tudo, ser bom em tudo e, com isso, a única certeza é a de que seremos infelizes. A felicidade está dentro. A gente complica a vida à toa e o bem mais valioso é o tempo. Em uma era de tantas oportunidades e estímulos, a sabedoria se faz necessária.